Caráter! Algo tão raro de se vê presente na vida das pessoas, atualmente. A palavra pode ser definida como o conjunto de traços morais e éticos de um indivíduo; é a maneira como lidamos com o nosso próximo sob os parâmetros de honestidade e respeito, por exemplo. Em termos bíblicos, podemos dizer que se trata da transformação operada por Cristo na vida do pecador, o qual passa a ser governado por uma nova forma de pensar, de ser e de se comportar. É o “velho homem” que dá espaço ao “novo homem” regenerado e santificado. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Cor 5:17). “Eis que tudo se fez novo”, enfatiza Paulo. Esse novo está relacionado à infusão das marcas de Cristo em nossas vidas, por meio daquilo que o apóstolo denomina de frutos. E quais são eles? Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança (Gl 5:22). Logicamente, não são apenas essas as características que deverão estar presentes na vida do cristão. Em resumo, precisamos exalar o bom perfume de Cristo (2 Cor 2:14-16). Isso quer dizer que o mundo deve, ao olhar para nós, enxergar Jesus Cristo; perceber em nós os mesmos comportamentos, a mesma forma de pensar e o mesmo modo de agir e de lidar com o próximo que Jesus tinha. Na verdade, foi isso que ocorreu com os cristãos primitivos. Em Atos 11:26, lemos que o termo “cristão” surgiu na cidade de Antioquia, quando os discípulos foram chamados pela primeira vez de cristãos. Por que eles foram chamados assim? Porque as pessoas em Antioquia, ao verem a fé e a vida daqueles homens encontraram semelhanças com Jesus Cristo, por isso, os chamaram de cristãos. As pessoas, ao se relacionarem com você, conseguem ver características de Jesus permeadas na sua vida? Agora, preste atenção nesse texto: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus; tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes, afasta-te”. (II Tm 3:1-5). Nessa carta, Paulo lista a Timóteo traços no caráter do homem nos “últimos dias”. Em resumo, são pessoas não regeneradas, “amantes de si mesmas” e “mais amigas dos prazeres do que amigas de Deus”. Entretanto, há algo nesse texto que me chama a atenção. É o alerta de Paulo sobre os homens que vivem uma piedade aparente, fingida, híbrida, mas negam-na por meio de seu caráter e de sua vida. “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela”. Essas pessoas negam a pujança, o vigor e o efeito que Cristo produz na vida de um verdadeiro crente. As suas palavras destoam de suas práticas; as suas pregações não se confirmam com as suas condutas; os seus conselhos não podem ser aplicados em suas próprias vidas. E não há nada tão vergonho quanto isto: ver homens e mulheres falarem aquilo que não fazem! Infelizmente, é isso que podemos vislumbrar, com muita tristeza, no seio da igreja. É o joio fingindo ser trigo; é o bode aparentando ser ovelha; é o lobo trajando roupas requintadas, como terno e gravata. Para o cristão genuíno, Paulo diz: “Destes, afasta-te”. É exatamente isso que todo o crente comprometido com Deus precisa fazer: afastar-se de homens sem caráter. Mas, por que o afastamento é necessário? Pelo simples fato de que a associação gera assimilação em nossos comportamentos. O receio do apóstolo era, por exemplo, de que a convivência de uma pessoa piedosa com um falso cristão pudesse atingir os seus comportamentos de maneira que ela pudesse ficar privada de sua salvação eterna. Foi por isso que Paulo recomendou à igreja de Corinto que excomungasse um membro da congregação que manteve relações ilícitas com a madrasta: “Por toda parte se ouve que há imoralidade entre vocês, imoralidade que não ocorre nem entre os pagãos, a ponto de um de vocês possuir a mulher de seu pai. E vocês estão orgulhosos! Não deviam, porém, estar cheios de tristeza e expulsar da comunhão aquele que fez isso?” (I Cor 5:1-2). A excomunhão é a ação mais drástica e inevitável que a igreja pode tomar em relação a alguém que não quer mudar o seu caráter. Contudo, é um instrumento muitas vezes necessário, ainda mais pensando que tal conduta pode corromper os demais membros. Há também outros mecanismos bíblicos, como a disciplina e a repreensão. Todo cristão verdadeiro não deve se omitir diante de uma conduta errada de alguém que finge ser crente e que brinca com as coisas de Deus. Tal pessoa necessita ser repre
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021
O cristão pode beber bebidas alcoólica?
PRA ONDE CAMINHAMOS?!
Quando olho para a Igreja européia e americana, vejo o que nos espera. Acredito que Satanás tem muito a agradecer a muitos "tubarões" evangélicos que estão na mídia, trabalhando contra o evangelho de Cristo.
De uma coisa eu sei: Deus guardou sua Igreja no deserto durante cerca de 1260 anos e agora, creio, não será deferente. A Igreja do Senhor Jesus será salva. Aqueles que ali estão com mentiras, pregando heresias, certamente, não são Igreja. No máximo, pertence a uma denominação evangélica.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho” (Sl 119:105).
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra,
e luz para o meu caminho”
(Sl 119:105).
Que a paz de Jesus Cristo
esteja com todos vocês!
Hoje, a nossa reflexão é
sobre os efeitos que a Palavra de Deus produz na vida do homem. Muitas pessoas
ainda não sabem ao certo quando e como isso ocorre. Todavia, a percepção de que
algo novo é evidente revela-se por meio de um novo modus vivendi e modus operandi, ou seja, a Palavra de Deus
transforma o homem como ser social, espiritual, político e psicológico. Tudo
isso é afetado sob a perspectiva não do homem, mas de Deus; não por meio de filosofias
e de ideias humanas, mas da Palavra.
Assim, o primeiro fruto
promovido pela Palavra de Deus na vida do pecador diz respeito ao poder que ela
tem em mudar, transformar e alterar a velha e decaída personalidade do homem. “Que, quanto ao trato passado, vos despojeis
do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; e vos renoveis
no espírito da vossa mente; e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é
criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef. 4:22-24).
Esse efeito regenerador exercido
pela Palavra de Deus sobre a vida do homem se explica pelo poder manifesto pelo
Evangelho no que tange à modificação do nosso coração, dos nossos
comportamentos e dos nossos pensamentos, fazendo com que as coisas que outrora amávamos
praticar se tornem detestáveis, isso porque o amor de Deus nos faz amar aquilo
que Deus ama, e odiar aquilo que Deus odeia. Por isso, o salmista disse: “Escondi a Tua Palavra no meu coração para
não pecar contra Ti” (Sl 119:11).
Pecado. É exatamente isso
que o Evangelho nos faz odiar. Primeiro, dando-nos a dimensão e a gravidade do
que é pecar contra Deus. Segundo, revelando a nossa incapacidade e
insuficiência em obter salvação a partir de nossos méritos ou obras. Terceiro,
em consequência disso, mostra-nos o amor de Deus em Jesus Cristo, o qual morreu
para perdoar as nossas transgressões e estabelecer uma Nova Aliança.
Um homem regenerado é um
homem santificado. Assim, a sua satisfação está em agradar a Deus e se parecer
com Cristo. Esta é a sua meta e o seu alvo é habitar eternamente ao lado
daquele que morreu para dar a vida aos que nele creem.
Por tudo isso, devemos
nos apegar à Palavra de Deus. Vejo com tristeza a realidade de muita gente que
não estabelece a sua fé no Evangelho, mas em algum “profeta” ou “profetisa” do
momento. Não poderá haver conhecimento da vontade de Deus dessa forma. Apenas
quando nos comprometemos com a sã doutrina é que compreendemos o nosso chamado
e poderemos evitar a alienação que conduz o homem à apostasia e a submergir a
sua fé em heresias e doutrinas de demônios (recomendo a leitura do texto
anterior sobre Por que a pregação de Cristo – e Este crucificado – perdeu a
relevância nos templos de hoje?).
Reflita sobre isso!
Que o Senhor abençoe a
sua vida!
sábado, 13 de fevereiro de 2021
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021
PORQUE O AMOR DO DINHEIRO É A RAIZ DE TODOS OS MALE
Olá, amados leitores!
Que a paz de Cristo esteja com todos vocês!
Na semana passada, aprendemos que devemos ser gratos e estarmos contentes com o que temos.
Paulo escreveu a Timóteo que “tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com
isso contentes” (I Tm 6:7). Evitar a reclamar da vida é a primeira orientação do apóstolo ao seu
filho na fé.
O segundo conselho de Paulo a Timóteo foi que ele deveria tomar cuidado com o espírito da
ganância e da usura em seu ministério pastoral. Ele disse que “os que querem ser ricos caem em
tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na
perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns
se desviaram da fé e esse transpassaram a si mesmos com muitas dores” (I Tm 6:9-10).
O dinheiro é algo bom para todos os homens. Sem ele, é impossível comprar, vestir e alimentar, por
exemplo. Ele é o resultado do nosso trabalho nesta terra. O dinheiro, na perspectiva bíblica, nunca
foi uma “maldição”, mas uma bênção proveniente da misericórdia do Senhor. O problema
enfatizado por Paulo nesse texto é quando o dinheiro se torna um deus a ser adorado e idolatrado; é
quando o homem se torna escravo dele. O dinheiro é em toda a história humana uma das três causas
da ruína, da depravação e da desestruturação familiar e social (as outras duas são o poder e o sexo).
A ganância pelo dinheiro, associada ao desejo pelo poder, motivou, vale lembrar, duas guerras
mundiais, e fomenta ainda hoje guerras civis em todo o mundo.
Se de um lado alguns acreditam erroneamente que o dinheiro é uma maldição, de outro lado,
algumas pessoas superexaltam a importância de tê-lo, talvez, para demonstrar um status quo na
sociedade de austeridade e de “poder”. Na fé, esse desejo (o de ficar rico) torna-se uma pedra de
tropeço para a salvação eterna. Foi isso que Paulo reiterou a Timóteo: “os que querem ser ricos
caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os
homens na perdição e ruína, (…) e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e esse transpassaram a si
mesmos com muitas dores”. Paulo chega, inclusive, a citar alguns nomes de pessoas, antes
piedosas, que se desviaram da fé porque alimentou o coração com a ganância e com a usura, como
Himineu, Alexandre, o latoeiro (I Tm 1:19) e Demas (2 Tm 4:10).
“Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência,
a mansidão. Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste
chamado” (I Tm 6:11-12). Ao mesmo tempo que Paulo suplica a Timóteo para que se afaste do
pecado da ganância, ele estabelece o que deveria ser a prioridade do ministério e do chamado do
jovem pastor de Éfeso: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também
foste chamado”. A vida eterna e a salvação deveriam nortear não apenas o trabalho pastoral de
Timóteo em Éfeso, mas acima de tudo, a sua busca e as suas metas pessoais teriam que ser em
direção à vida eterna, em Cristo Jesus. O dinheiro, portanto, era consequência da graça e da
misericórdia de Deus, e não o alvo para Timóteo neste mundo.
Tudo isso nos traz algumas reflexões muito importantes. O dinheiro é algo muito bom para todos
nós. Devemos orar para Deus nos conceder saúde e trabalho para termos, pelo menos, o básico para
a nossa sobrevivência. Não é pecado algum ser próspero. Aliás, a Bíblia diz que Deus é o dono do
ouro e da prata (Ag 2:8). O problema está, conforme vimos, em construirmos metas instituindo o
dinheiro como alvo. Primeiro, porque “nada trouxemos a este mundo, e nada levaremos dele”. O
homem mais rico desta terra chamais poderá levar para a eternidade os bens adquiridos aqui. O
dinheiro poderá comprar até um caixão luxuoso, mas não a vida eterna. Segundo, porque não é o
dinheiro a causa e a razão da nossa existência. Existimos para adorar tão somente a Deus, o Criador.
Foi para isso que nós fomos criados. Apenas Deus é digno de adoração, de honra e de glória.
Quando gastamos a nossa vida, a paz do nosso lar e o tempo para apenas ficar rico e mais rico, na
verdade, nós seguimos no caminho de Balaão (uma referência àqueles que são gananciosos) e
estabelecemos não Deus como o Ser da nossa adoração, mas sim, o dinheiro. O dinheiro passa a ser
o nosso deus, que tudo “pode”. Isso é muito perigoso. Terceiro e último ensinamento está na
prioridade da nossa vida. Paulo afirmou com muita propriedade que devemos nos afastar desses
desejos corruptíveis e buscarmos a nossa salvação eterna, em Jesus Cristo. Esse ponto é o mais
importante de todos. Em Marcos 8:36, Jesus disse: “Pois, o que adianta ao homem ganhar o mundo
inteiro e perder a sua alma?”. O que adianta, amado leitor, você gastar tempo, energia e saúde com
as coisas deste mundo? A morte é uma realidade na vida de todos nós. O dinheiro não pode evitá-la.
O que nos garante uma eternidade ao lado de Deus é justamente reconhecer o plano de salvação
Dele, em Jesus. É submetermos a nossa vida a Ele; é olhar para o Autor e Consumador da nossa fé e
buscar servi-Lo fielmente neste mundo.
Concluo com uma frase de Charles Spurgeon, onde ele disse: “Quanto mais do céu existe em nossas
vidas, menos da terra cobiçamos”.
Que o Senhor abençoe a sua vida!
Muito obrigado!