segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

CARÁTER: MARCA INDELÉVEL DE CRISTO EM NOSSAS VIDAS

  Caráter! Algo tão raro de se vê presente na vida das pessoas, atualmente. A palavra pode ser definida como o conjunto de traços morais e éticos de um indivíduo; é a maneira como lidamos com o nosso próximo sob os parâmetros de honestidade e respeito, por exemplo. Em termos bíblicos, podemos dizer que se trata da transformação operada por Cristo na vida do pecador, o qual passa a ser governado por uma nova forma de pensar, de ser e de se comportar. É o “velho homem” que dá espaço ao “novo homem” regenerado e santificado. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Cor 5:17). “Eis que tudo se fez novo”, enfatiza Paulo. Esse novo está relacionado à infusão das marcas de Cristo em nossas vidas, por meio daquilo que o apóstolo denomina de frutos. E quais são eles? Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança (Gl 5:22). Logicamente, não são apenas essas as características que deverão estar presentes na vida do cristão. Em resumo, precisamos exalar o bom perfume de Cristo (2 Cor 2:14-16). Isso quer dizer que o mundo deve, ao olhar para nós, enxergar Jesus Cristo; perceber em nós os mesmos comportamentos, a mesma forma de pensar e o mesmo modo de agir e de lidar com o próximo que Jesus tinha. Na verdade, foi isso que ocorreu com os cristãos primitivos. Em Atos 11:26, lemos que o termo “cristão” surgiu na cidade de Antioquia, quando os discípulos foram chamados pela primeira vez de cristãos. Por que eles foram chamados assim? Porque as pessoas em Antioquia, ao verem a fé e a vida daqueles homens encontraram semelhanças com Jesus Cristo, por isso, os chamaram de cristãos. As pessoas, ao se relacionarem com você, conseguem ver características de Jesus permeadas na sua vida? Agora, preste atenção nesse texto: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus; tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes, afasta-te”. (II Tm 3:1-5). Nessa carta, Paulo lista a Timóteo traços no caráter do homem nos “últimos dias”. Em resumo, são pessoas não regeneradas, “amantes de si mesmas” e “mais amigas dos prazeres do que amigas de Deus”. Entretanto, há algo nesse texto que me chama a atenção. É o alerta de Paulo sobre os homens que vivem uma piedade aparente, fingida, híbrida, mas negam-na por meio de seu caráter e de sua vida. “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela”. Essas pessoas negam a pujança, o vigor e o efeito que Cristo produz na vida de um verdadeiro crente. As suas palavras destoam de suas práticas; as suas pregações não se confirmam com as suas condutas; os seus conselhos não podem ser aplicados em suas próprias vidas. E não há nada tão vergonho quanto isto: ver homens e mulheres falarem aquilo que não fazem! Infelizmente, é isso que podemos vislumbrar, com muita tristeza, no seio da igreja. É o joio fingindo ser trigo; é o bode aparentando ser ovelha; é o lobo trajando roupas requintadas, como terno e gravata. Para o cristão genuíno, Paulo diz: “Destes, afasta-te”. É exatamente isso que todo o crente comprometido com Deus precisa fazer: afastar-se de homens sem caráter. Mas, por que o afastamento é necessário? Pelo simples fato de que a associação gera assimilação em nossos comportamentos. O receio do apóstolo era, por exemplo, de que a convivência de uma pessoa piedosa com um falso cristão pudesse atingir os seus comportamentos de maneira que ela pudesse ficar privada de sua salvação eterna. Foi por isso que Paulo recomendou à igreja de Corinto que excomungasse um membro da congregação que manteve relações ilícitas com a madrasta: “Por toda parte se ouve que há imoralidade entre vocês, imoralidade que não ocorre nem entre os pagãos, a ponto de um de vocês possuir a mulher de seu pai. E vocês estão orgulhosos! Não deviam, porém, estar cheios de tristeza e expulsar da comunhão aquele que fez isso?” (I Cor 5:1-2). A excomunhão é a ação mais drástica e inevitável que a igreja pode tomar em relação a alguém que não quer mudar o seu caráter. Contudo, é um instrumento muitas vezes necessário, ainda mais pensando que tal conduta pode corromper os demais membros. Há também outros mecanismos bíblicos, como a disciplina e a repreensão. Todo cristão verdadeiro não deve se omitir diante de uma conduta errada de alguém que finge ser crente e que brinca com as coisas de Deus. Tal pessoa necessita ser repre

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

O cristão pode beber bebidas alcoólica?

 O cristão pode beber bebida alcoólica? Essa pergunta é feita por muitos cristãos nas igrejas, os quais indagam sobre a possibilidade de ter uma vida de piedade associada ao hábito de beber algum tipo bebida com teor alcoólico. Inicialmente, posso afirmar que não há nenhuma proibição explícita na Bíblia sobre a bebida alcoólica. Todavia, não há também nenhuma permissão evidente de Deus sobre o assunto. O que podemos perceber é que por meio da leitura bíblica inferimos sobre a restrição e a rejeição sobre o uso e a prática da bebida alcoólica por cristãos, pelos seguintes motivos: Primeiro, na maioria das vezes que encontramos na Bíblia alguma referência sobre “vinho” ela estará sempre associada a algum tipo de pecado ou possibilidade de transgressão. Por exemplo, em Gênesis 19:35-38, quando as duas filhas de Ló o embebedam de vinho com o objetivo de se deitarem com o próprio pai e manter relações sexuais (incesto) com o propósito de gerarem filhos, conforme leitura do texto abaixo: Gênesis 19:35-38 35 - E deram de beber vinho a seu pai também naquela noite; e levantou-se a menor, e deitou-se com ele; e não sentiu ele quando ela se deitou, nem quando se levantou. 36 - E conceberam as duas filhas de Ló de seu pai. 37 - E a primogênita deu à luz um filho, e chamou-lhe Moabe; este é o pai dos moabitas até ao dia de hoje. 38 - E a menor também deu à luz um filho, e chamou-lhe Ben-Ami; este é o pai dos filhos de Amom até o dia de hoje. Além do incesto, podemos apontar que dessa relação sexual ilícita nascem dois filhos que serão líderes daqueles que seriam os arqui-inimigos de Israel: os moabitas e os amonitas. Dessa forma, a bebida alcoólica foi o meio usado pelas filhas de Ló para enganar o pai e satisfazer o desejo de seus corações: ter filhos. Nesse sentido, podemos notar também que em todas as festas promovidas pelos judeus e regadas por muito vinho, seja para comemorar alguma vitória na guerra, seja para cultuar algum deus estranho, sempre, em decorrência da embriaguez, o homem era levado a outros tipos de pecados, como o da prostituição. A bebida alcóolica quase sempre nos leva a alguma ação indesejada (palavras ou atos), como em Gênesis 9:21, onde Noé após ter embebedadose, viu-se nu no meio de sua tenda. Nesse caso específico, o vinho produziu vergonha. É importante lembrar que o vinho, de fato, estava presente nas celebrações religiosas em Israel. Entretanto, a sua finalidade não era em levar o homem à alegria passageira. O vinho era um símbolo do sangue de Jesus que seria derramado na cruz do calvário para salvar o homem pecador. Por isso, ele era usado como libação nos holocaustos apresentados pelos judeus aos sacerdotes. O vinho era aspergido sobre a oferta e queimada como sinal de gratidão, de arrependimento e de redenção (morte substitutiva). Inclusive, no Novo Testamento, podemos compreender essa tipologia quando Jesus celebra a última Santa Ceia, conforme lemos abaixo: Mateus 26:26-29 26 - E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. 27 - E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; 28 - Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. 29 - E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai. Muitos se perguntam sobre se o vinho usado por Jesus na última Santa Ceia tinha ou não teor alcóolico. Sinceramente, esse é um questionamento que divide muita gente na igreja. Não há nada claro sobre isso. Entretanto, na minha opinião, poderia existir sim algum teor alcoólico naquele vinho, mas isso não justifica a prática da bebida alcóolica por cristãos. Nesse sentido, passo a responder mais objetivamente alguns questionamentos levantados e que geram muitas dúvidas: 1º) Pastor, eu bebo socialmente, de forma moderada, tendo controle sobre os meus atos e evito o máximo possível a embriaguez. Estou agindo certo? Bem, de fato, a moderação é recomendada em tudo em nossas vidas, inclusive quando comemos ou bebemos. Esse tipo de prática (beber socialmente e de forma controlada) deve ser refletida com muita cautela. Primeiro, sob o aspecto do “escandalizar os mais fracos na fé”, conforme lemos em Romanos 14:13-15: Romanos 14:13-15 13 - Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão. 14 - Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda. 15 - Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. Ou seja, a primeira pergunta que você deve fazer é: se o meu irmão ou irmã vier à minha casa e me ver bebendo socialmente ou até mesmo ver alguma bebida na minha geladeira, será que isso o escandalizará?; será que se ele (a) me ver comprado uma cerveja no mercado não se enfraquecerá, desistindo dos caminhos do Senhor? Segundo, devemos pensar se essa atitude de beber socialmente glorifica o nome de Cristo. Em Colossenses 3:17, lemos: Colossenses 3:17 “E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. Quando você levanta um copo de cerveja, de uísque, de vodca ou mesmo de vinho, você pode dizer: “Glorificado seja o nome do Senhor por isso?”. 2º) Em qual situação, portanto, é lícito ou permitido beber? Como já disse, não há nenhuma permissão clara na Bíblia sobre a possibilidade de beber. Contudo, podemos encontrar na primeira carta de Paulo a Timóteo a recomendação que o apóstolo faz ao jovem pastor de Éfeso de que, por causa das constantes enfermidades enfrentadas, Timóteo deveria tomar um pouco de vinho, conforme lemos em I Tm 5:23: “Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades”. Parece que Timóteo enfrentava problemas estomacais, como gastrite ou algo do gênero, e, por isso, Paulo recomenda o uso moderado do vinho, pois ele traria resultados positivos em relação à doença de Timóteo. Há pesquisas científicas que apontam que o uso moderado do vinho traz também benefícios importantes ao coração. Portanto, a única hipótese legitimada na Bíblia para o uso da bebida alcoólica de maneira moderada é nesse texto específico. Daí, o entendimento de que em casos atestados por exames clínicos de que o vinho em moderação, por exemplo, é fator preponderante para a diminuição de alguma enfermidade ou potencial doença, não há o que se opor, desde que isso também não escandalize o irmão, como já dissemos acima. Se escandalizar o irmão ou a congregação, devo me abster do uso moderado do vinho. 3º) Pastor, eu tomo cerveja sem álcool. Isso pode? Não vejo problema nisso, desde que a bebida não contenha álcool e não escandalize a igreja. A minha sugestão é que tudo seja feito com moderação e para a glória de Deus. Cuidado, pois se você não tiver controle dessa bebida, isso poderá te levar a experimentar outros tipos de bebidas, e, nesse caso, com teor alcóolico elevado. Sugestões/Recomendações Diante de tudo o que foi exposto, sugiro que o cristão não faz uso de bebida alcóolica nenhuma (I Cor 6: 9-10: Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus/ I Cor 6:12: I Cor 6:12: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma/ II Cor 5:17: Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo); que, ao invés disso, encha-se e se embriague do Espírito Santo de Deus: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”. A bebida é a porta de entrada para diversos vícios e pecados, conduzindo o homem à libertinagem e aos desejos de seu coração. Para o cristão maduro, o vinho em moderação não é problema, desde que isso não seja pedra de tropeço para a fé dos irmãos na igreja ou para a sua esposa, esposo ou filhos. Em todo caso, sempre um vinho com menor teor alcóolico possível ou, melhor ainda, substituir o vinho por um bom suco de uva, por que não?! Assim, espero ter esclarecido algumas dúvidas a respeito do tema. Estou à disposição para sanar questionamentos que ficaram sem respostas. Com muito carinho, Pr. Willian Martins

PRA ONDE CAMINHAMOS?!

Confesso que apesar das Escrituras Sagradas já nos advertir das cousas vindouras, estou um tanto quanto assustado no tangente as perspectivas quanto ao porvir. Um fato: a Igreja enquanto denominação, o referencial para uma sociedade perdida, encontra-se muito parecido com o mundo e, se assemelha a ele, quanto a suas práticas, costumes e corrupção, logicamente que deixamos então de ser referencial, pois, nos tornamos muito parecidos. Tenho observado atentamente as práticas mundanas invadindo as Igrejas Evangélicas. É  notório como as pessoas tem sido tomado por uma sede insaciável e concomitantemente, assistimos a incapacidade da Igreja de suprir essa necessidade. A Bíblia Sagrada nos informa a respeito da mulher samaritana e seu diálogo com o nosso Senhor Jesus Cristo. Aquela mulher a quem Jesus pede água tivera cinco maridos e o atual não era seu. Acredito que aquela mulher tinha uma necessidade semelhante ao que vemos hoje. As pessoas estão desesperada em busca de algo que preencha um vazio em sua alma. Desesperadamente, busca todos os caminhos que lhes são propostos para atingi-los. Prova disso é o crescimento de pessoas que se dizem espíritas ou frequentadoras de algumas das seitas disponíveis. Mas o que está acontecendo com a Igreja? o problema é que estamos esquecendo os princípios que deveriam nortear o Evangelho e tentando concorrer com o mundo. O modismo, associado ao ativismo, os maus exemplos daqueles que se dizem apóstolos, pastores, etc.estão destruindo a credibilidade da Igreja. O mundanismo entrou na Igreja e sem percebermos, estamos sendo engolidos pelas práticas condenadas nas escrituras Sagradas.  As festas juninas, que no fundo são festas pagãs, oferecidas aos deuses, em gratidão pela colheita e que a Igreja Católica mudou o rótulo para festa pedrina ou joanina, mas a essência é a mesma, hoje é realizada por muitas igrejas ditas "evangélicas" sob a denominação de arraiá gospel ou festa do milho. Não adianta mudar o rótulo da garrafa de cerveja, chamando-a de guaraná, se o conteúdo é a cerveja. Não adianta mudar o nome para "arraiá gospel", se essência da festa é o culto aos deuses. No entanto, muitos argumentam que Paulo se fez de tolo para ganhar os tolos, todavia, é bom dizermos que tal argumento não é válido para determinadas práticas. A mulher samaritana buscava em homens saciar a sua sede, entretanto, Jesus lhe concede beber da água viva. O mundo precisa desta água, e está água chama-se Jesus Cristo. A Igreja não precisa se preocupar com métodos e sim com a vida Cristã. Como crentes em Cristo Jesus temos que ser exemplos de honradez, honestidade e vida de oração. Não posso desejar concorrer com o mundo, pois certamente, perderemos feio. Agora, se atentarmos para a Palavra de Deus, sendo cuidadoso com as consagrações de pastores, mestres, evangelistas apóstolos, diáconos e profetas, atentando para as cartas pastorais, certamente, poderemos, doravante, mudar o rumo da história da Igreja. Agora, se continuarmos a consagrar obreiros, mediante a capacidade humana, considerando a quantidade de membros ou tamanho de células, como tenho visto, vamos continuar contribuindo para a destruição da Igreja. O mau caratismo tem prevalecido e a membresia tem reproduzido aquilo que ela recebe mediante o viver daqueles que se dizem líderes. 

Quando olho para a Igreja européia e americana, vejo o que nos espera. Acredito que Satanás tem muito a agradecer a muitos "tubarões" evangélicos que estão na mídia, trabalhando contra o evangelho de Cristo.

De uma coisa eu sei: Deus guardou sua Igreja no deserto durante cerca de 1260 anos e agora, creio, não será deferente. A Igreja do Senhor Jesus será salva. Aqueles que ali estão com mentiras, pregando heresias, certamente, não são Igreja. No máximo, pertence a uma denominação evangélica.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho” (Sl 119:105).

 


“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra,

e luz para o meu caminho” (Sl 119:105).

 

Que a paz de Jesus Cristo esteja com todos vocês!

Hoje, a nossa reflexão é sobre os efeitos que a Palavra de Deus produz na vida do homem. Muitas pessoas ainda não sabem ao certo quando e como isso ocorre. Todavia, a percepção de que algo novo é evidente revela-se por meio de um novo modus vivendi e modus operandi, ou seja, a Palavra de Deus transforma o homem como ser social, espiritual, político e psicológico. Tudo isso é afetado sob a perspectiva não do homem, mas de Deus; não por meio de filosofias e de ideias humanas, mas da Palavra.

Assim, o primeiro fruto promovido pela Palavra de Deus na vida do pecador diz respeito ao poder que ela tem em mudar, transformar e alterar a velha e decaída personalidade do homem. “Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito da vossa mente; e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef. 4:22-24).

Esse efeito regenerador exercido pela Palavra de Deus sobre a vida do homem se explica pelo poder manifesto pelo Evangelho no que tange à modificação do nosso coração, dos nossos comportamentos e dos nossos pensamentos, fazendo com que as coisas que outrora amávamos praticar se tornem detestáveis, isso porque o amor de Deus nos faz amar aquilo que Deus ama, e odiar aquilo que Deus odeia. Por isso, o salmista disse: “Escondi a Tua Palavra no meu coração para não pecar contra Ti” (Sl 119:11).

Pecado. É exatamente isso que o Evangelho nos faz odiar. Primeiro, dando-nos a dimensão e a gravidade do que é pecar contra Deus. Segundo, revelando a nossa incapacidade e insuficiência em obter salvação a partir de nossos méritos ou obras. Terceiro, em consequência disso, mostra-nos o amor de Deus em Jesus Cristo, o qual morreu para perdoar as nossas transgressões e estabelecer uma Nova Aliança.

Um homem regenerado é um homem santificado. Assim, a sua satisfação está em agradar a Deus e se parecer com Cristo. Esta é a sua meta e o seu alvo é habitar eternamente ao lado daquele que morreu para dar a vida aos que nele creem.

Por tudo isso, devemos nos apegar à Palavra de Deus. Vejo com tristeza a realidade de muita gente que não estabelece a sua fé no Evangelho, mas em algum “profeta” ou “profetisa” do momento. Não poderá haver conhecimento da vontade de Deus dessa forma. Apenas quando nos comprometemos com a sã doutrina é que compreendemos o nosso chamado e poderemos evitar a alienação que conduz o homem à apostasia e a submergir a sua fé em heresias e doutrinas de demônios (recomendo a leitura do texto anterior sobre Por que a pregação de Cristo – e Este crucificado – perdeu a relevância nos templos de hoje?).

Reflita sobre isso!

Que o Senhor abençoe a sua vida!

sábado, 13 de fevereiro de 2021

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

PORQUE O AMOR DO DINHEIRO É A RAIZ DE TODOS OS MALE


 

Olá, amados leitores!
Que a paz de Cristo esteja com todos vocês!
Na semana passada, aprendemos que devemos ser gratos e estarmos contentes com o que temos.
Paulo escreveu a Timóteo que “tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com
isso contentes” (I Tm 6:7). Evitar a reclamar da vida é a primeira orientação do apóstolo ao seu
filho na fé.
O segundo conselho de Paulo a Timóteo foi que ele deveria tomar cuidado com o espírito da
ganância e da usura em seu ministério pastoral. Ele disse que “os que querem ser ricos caem em
tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na
perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns
se desviaram da fé e esse transpassaram a si mesmos com muitas dores” (I Tm 6:9-10).
O dinheiro é algo bom para todos os homens. Sem ele, é impossível comprar, vestir e alimentar, por
exemplo. Ele é o resultado do nosso trabalho nesta terra. O dinheiro, na perspectiva bíblica, nunca
foi uma “maldição”, mas uma bênção proveniente da misericórdia do Senhor. O problema
enfatizado por Paulo nesse texto é quando o dinheiro se torna um deus a ser adorado e idolatrado; é
quando o homem se torna escravo dele. O dinheiro é em toda a história humana uma das três causas
da ruína, da depravação e da desestruturação familiar e social (as outras duas são o poder e o sexo).
A ganância pelo dinheiro, associada ao desejo pelo poder, motivou, vale lembrar, duas guerras
mundiais, e fomenta ainda hoje guerras civis em todo o mundo.
Se de um lado alguns acreditam erroneamente que o dinheiro é uma maldição, de outro lado,
algumas pessoas superexaltam a importância de tê-lo, talvez, para demonstrar um
status quo na
sociedade de austeridade e de “poder”. Na fé, esse desejo (o de ficar rico) torna-se uma pedra de
tropeço para a salvação eterna. Foi isso que Paulo reiterou a Timóteo: “os que querem ser ricos
caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os
homens na perdição e ruína, (…) e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e esse transpassaram a si
mesmos com muitas dores”. Paulo chega, inclusive, a citar alguns nomes de pessoas, antes
piedosas, que se desviaram da fé porque alimentou o coração com a ganância e com a usura, como
Himineu, Alexandre, o latoeiro (I Tm 1:19) e Demas (2 Tm 4:10).
“Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência,
a mansidão. Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste
chamado” (I Tm 6:11-12). Ao mesmo tempo que Paulo suplica a Timóteo para que se afaste do
pecado da ganância, ele estabelece o que deveria ser a prioridade do ministério e do chamado do
jovem pastor de Éfeso: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também
foste chamado”. A vida eterna e a salvação deveriam nortear não apenas o trabalho pastoral de
Timóteo em Éfeso, mas acima de tudo, a sua busca e as suas metas pessoais teriam que ser em
direção à vida eterna, em Cristo Jesus. O dinheiro, portanto, era consequência da graça e da
misericórdia de Deus, e não o alvo para Timóteo neste mundo.
Tudo isso nos traz algumas reflexões muito importantes. O dinheiro é algo muito bom para todos
nós. Devemos orar para Deus nos conceder saúde e trabalho para termos, pelo menos, o básico para
a nossa sobrevivência. Não é pecado algum ser próspero. Aliás, a Bíblia diz que Deus é o dono do
ouro e da prata (Ag 2:8). O problema está, conforme vimos, em construirmos metas instituindo o
dinheiro como alvo. Primeiro, porque “nada trouxemos a este mundo, e nada levaremos dele”. O
homem mais rico desta terra chamais poderá levar para a eternidade os bens adquiridos aqui. O
dinheiro poderá comprar até um caixão luxuoso, mas não a vida eterna. Segundo, porque não é o
dinheiro a causa e a razão da nossa existência. Existimos para adorar tão somente a Deus, o Criador.
Foi para isso que nós fomos criados. Apenas Deus é digno de adoração, de honra e de glória.
Quando gastamos a nossa vida, a paz do nosso lar e o tempo para apenas ficar rico e mais rico, na
verdade, nós seguimos no caminho de Balaão (uma referência àqueles que são gananciosos) e
estabelecemos não Deus como o Ser da nossa adoração, mas sim, o dinheiro. O dinheiro passa a ser

o nosso deus, que tudo “pode”. Isso é muito perigoso. Terceiro e último ensinamento está na
prioridade da nossa vida. Paulo afirmou com muita propriedade que devemos nos afastar desses
desejos corruptíveis e buscarmos a nossa salvação eterna, em Jesus Cristo. Esse ponto é o mais
importante de todos. Em Marcos 8:36, Jesus disse: “Pois, o que adianta ao homem ganhar o mundo
inteiro e perder a sua alma?”. O que adianta, amado leitor, você gastar tempo, energia e saúde com
as coisas deste mundo? A morte é uma realidade na vida de todos nós. O dinheiro não pode evitá-la.
O que nos garante uma eternidade ao lado de Deus é justamente reconhecer o plano de salvação
Dele, em Jesus. É submetermos a nossa vida a Ele; é olhar para o Autor e Consumador da nossa fé e
buscar servi-Lo fielmente neste mundo.
Concluo com uma frase de Charles Spurgeon, onde ele disse: “Quanto mais do céu existe em nossas
vidas, menos da terra cobiçamos”.
Que o Senhor abençoe a sua vida!
Muito obrigado!