A FEMINIZAÇÃO DO HOMEM MODERNO
“Então, formou o Senhor Deus
ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem
passou a ser alma vivente. E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, na
direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. (...) Tomou, pois, o
Senhor ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o
Senhor lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da
árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque, no dia em que dela
comeres, certamente morrerás”. (Gênesis 2:7-8;15-16)
Deus, ao criar o homem, deu a
ele funções as quais deveriam desempenhar na família. Nesse texto, podemos
perceber nitidamente que esses papeis giravam em torno da proteção, da
provisão, do sacerdócio espiritual e da autoridade que deveria ser exercida pelo
homem com sabedoria e amor dentro do lar. Ao analisar a passagem bíblica com
mais cuidado, notaremos que foi ao homem que o Senhor incumbiu a tarefa de não
comer do fruto do conhecimento do bem e do mal, pois, caso desobedecesse a
ordem, o homem seria o responsável por causar um caos no mundo criado por Deus.
Infelizmente, como sabemos, o homem foi desobediente ao mandamento divino,
cedeu ao argumento da mulher para comer do fruto proibido, e, pior do que isso,
culpou-a mais tarde, quando inquirido por Deus, pelo erro que ele consentiu. Em
decorrência dessa desobediência, o pecado entrou no mundo, e trouxe
consequências terríveis a todo ser vivente, como a morte. Mas, graças a Deus,
Jesus morreu em nosso lugar, pagou a nossa dívida com o Pai, e nos justificou
mediante a graça e misericórdia, de modo que todo homem que em Cristo crer,
será salvo. Glória a Deus por isso!
Mas o fato é que o “empoderamento” da mulher, incentivado, conforme já
aprendemos nos textos passados, pelo movimento feminista, apequenou os papeis
ora reservados por Deus ao homem, tornando-o um ser diminuto, sem importância
social. Esse fato, somado à própria condição do homem em negligenciar as suas
funções sociais, políticas, econômicas e espirituais, agravaram ainda mais o combalido
quadro familiar de abandono, de orientação, de ordem e de afeto.
A situação é tão crítica que uma das queixas das esposas e mães
atualmente é ter realmente um homem (com H maiúsculo) dentro de casa; não um
homem que apenas se contenta em suprir as necessidades materiais da família,
mas um homem que se posiciona frente às várias demandas dentro de uma casa,
como ser a voz de autoridade que orienta toda a família para a direção certa,
aos olhos de Deus.
Nesse
sentido, a mulher tem assumido funções que deveriam ser exercidas pelo homem,
de forma preponderante. Tal quadro tem produzido desgastes e “filhos órfãos de
pais vivos”. A ausência de uma postura mais firme do homem dentro do lar e na
sociedade tem também uma explicação sociológica, impulsionada pelos novos
tempos: a feminização do homem. De antemão, quero destacar que não estou aqui
criticando a opção sexual de ninguém. Todos são livres para assumir sexualmente
aquilo que acharem melhor para si mesmos, desde que em tudo, haja respeito.
Assim posto, podemos afirmar que
a agenda defendida pela mídia e pela moda, na verdade, tem contribuído para
descontruir a essência da masculinidade e gerar uma confusão mental e social na
cabeça dessa nova geração. A feminização do homem ocidental está em curso e
defender aquilo que deveria ser normal, ou seja, o homem sendo homem, passa a
ser considerado um crime de ordem pública.
O empresário, ativista social e
presidente do Instituto Brasil 200, Gabriel Kanner, escreveu sobre o assunto no
jornal eletrônico Gazeta do Povo, em 27/12/2020, importantes considerações, as
quais compartilho com vocês. Ele disse:
“Homens
e mulheres sempre tiveram papéis complementares ao longo da história. Durante a
maior parte da existência humana a vida era extremamente desafiadora e sofrida.
Por causa de suas diferenças biológicas, homens e mulheres passaram a assumir
papéis distintos para conseguirem sobreviver. Era preciso conseguir alimento,
se proteger das ameaças externas, conseguir abrigo e garantir a sobrevivência
da prole. A divisão de tarefas era imprescindível. Homens e mulheres sempre
dependeram um do outro e, por mais diferente que o mundo possa ser hoje em dia,
essa complementariedade continua sendo um dos pilares da nossa sociedade.
Não há dúvida de que, com o progresso do mundo, a melhoria da qualidade
de vida e a entrada das mulheres no mercado de trabalho, os papéis de homens e
mulheres também mudaram. Mulheres estão ocupando cada vez mais posições de
destaque na política, nas empresas e em praticamente todos os setores da
sociedade. Com isso, os homens também tiverem de se adequar, ajudando cada vez
mais nas tarefas domésticas e na criação dos filhos.
Essa evolução é natural e benéfica para ambos os sexos. No entanto,
isso não é o suficiente para a esquerda pós-moderna, cada vez mais radicalizada
nos dias de hoje. Para eles, o homem precisa se desfazer de qualquer
característica natural masculina e, sempre que puder, usar roupas femininas e
se portar como uma mulher.
Essa agenda ideológica precisa ser rechaçada sempre que vier à tona. O
mundo irá continuar evoluindo, e parte dessa evolução será a participação cada
vez maior das mulheres em diversas áreas. No entanto, algumas coisas jamais
mudarão. Quando chegar em casa após um dia de trabalho exaustivo, o homem quer
enxergar em sua companheira uma verdadeira mulher, que lhe dá confiança e
respaldo no lar e na família para que ele possa encarar os desafios externos.
Assim como a mulher, ao chegar em casa da sua também exaustiva jornada, quer enxergar
em seu companheiro um homem masculino, viril, que lhe oferecerá cuidado,
carinho, atenção e a proteção necessária para que ela também enfrente os seus
desafios. A mulher definitivamente não quer um homem de vestido e trejeitos
femininos a esperando em casa.
Se essa agenda perversa prosperar, veremos cada vez mais casais
infelizes, e toda uma geração absolutamente confusa em relação à sua própria
identidade. Nunca houve na história uma sociedade forte e próspera sem homens
fortes. E homens fortes não saem na rua usando vestido... Que sejamos sensatos
e preservemos os homens masculinos, antes que entrem em extinção”.
Homens em extinção... essa é uma das piores constatações sociais de
nosso tempo.
Por isso, precisamos voltar os nossos olhos para Deus e viver sob a Sua dependência. Somente Nele poderemos superar os problemas e as dificuldades que enfrentamos em nossos dias, principalmente, nos assuntos pertinentes à família.
Texto escrito pelo Pr. Willian Martins, da Igreja Evangélica Templo de Oração em Guiratinga-MT
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