Mais dois irmãos, Edson e Douglas, se rendem ao Senhorio de Jesus Cristo, batizando, por imersão, em conformidade com as Escrituras Sagradas.
domingo, 10 de novembro de 2013
QUEM CRÊ E FOR BATIZADO SERÁ SALVO, QUE NÃO CRÊ JÁ ESTÁ CONDENADO
Mais dois irmãos, Edson e Douglas, se rendem ao Senhorio de Jesus Cristo, batizando, por imersão, em conformidade com as Escrituras Sagradas.
A BÍBLIA SAGRADA COMO ÚNICO FUNDAMENTO DA FÉ CRISTÃ
O nascimento de uma heresia começa quando os homens deixam a Palavra de Deus em segundo plano ou a colocam no mesmo nível de uma "nova revelação". É muito preocupante quando vemos que muitos crentes, ainda que, inconscientemente e, em muitos casos, de boa fé, colocarem a Palavra de Deus no mesmo patamar da profecia ou da revelação, assim como se tornou comum vermos pessoas dizerem: Deus falou comigo através do irmão tal. Parece que essas pessoas nunca ouviram Deus falar com elas através das escrituras. Vivem o tempo todo atrás do irmão "canela de fogo" ou da irmã "fogo puro". E o que eles falam, em muitos casos, para esses irmãos, tem mais credibilidade do que a própria Palavra. Muitas denominações tem seguido este caminho e adotado, muitas das vezes, inconscientemente, dessa prática. Parece que a Bíblia Sagrada já não é mais suficiente para nortear a vida dos crentes. É sabido, por exemplo, que a Igreja de Roma, no Concílio Vaticano II, já determinou que a Bíblia Sagrada não é o único fundamento da fé cristã. Está no mesmo nível, por exemplo, a tradição daquela instituição. Até aí, tudo normal, pra quem cultua imagem de escultura, não há nada de novo. Agora, no meio evangélico, colocar a profecia e a revelação no mesmo nível da Palavra de Deus não tem sentido. Creio que tal fato reside na ignorância das pessoas no que concerne ao desconhecimento das escrituras, pois aprenderam assim, ou, outros, que usam desse artifício, para praticarem um costume, usado por muitos anteriormente a sua conversão, que é totalmente mundano, como por exemplo, a quiromancia ou horóscopo, que sabemos é pecado, mas, a maneira como a palavra profética tem sido comumente usada, no final, nada difere dessas prática. A Palavra de Deus diz: Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação.1 Coríntios 14:3, e não como tem sido usada. Dessa maneira, muitas pessoas, são e, outras, querem ser enganadas, em decorrência da sua própria concupiscência.
Quer ser abençoado? leia Deuteronômio 28. Quer prosperar? leia o Salmo, capítulo 1, Josúe, Capítulo 1, 1ª Coríntios, capítulo 9 e Malaquias capítulo 3. Quer direção de Deus para sua vida? leia as Escrituras Sagrada.
A SALVAÇÃO É PELA GRAÇA E NÃO PELO SÁBADO, NÃO PELA LEI DE MOISÉS.
Uma das grande barreiras que o Apóstolo Paulo enfrentou foi os ensinamentos dos judaizantes. Eles, aceitaram a Cristo como Senhor, porém, queria impor a qualquer custo a prática da Lei, afirmando, inclusive, que a salvação era pela obras. A preocupação deles era a circuncisão, o sábado, o comer. Hoje, ainda encontramos os remanescentes daquela época. Também são cristãos, que se dizem evangélicos, mas sua pregação se fundamenta sobre a Lei de Moisés. Estão mais preocupados em guardar o sábado, com aquilo que se deve comer e esquecem que a salvação é pela fé e não pelas obras. A Palavra de Deus afirma que o homem pode viver segundo a Lei. Só um detalhe, que seja toda a Lei. Isso quer dizer que, caso teu filho não lhe obedeça, terá que apedrejá-lo. Se quero viver pela lei e tropeço em um único mandamento sou culpado, pois infringi a Lei. No entanto o que acontece é que muitos se apegam ao sábado como se fosse condição de salvação, colocando-o, inclusive no mesmo nível da morte de Jesus Cristo, pois afirmam que se não guardar o sábado perderá a salvação, e esquecem que a única maneira de obter a salvação é mediante a fé em Jesus Cristo. Hoje faço a vontade de Deus não por uma obrigação e sim pelo desejo de agradar ao Senhor Deus.
"Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada."
Gálatas 2:16
"Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada."
Gálatas 2:16
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
ROCK IN RIO TERMINA COM INVOCAÇÕES SATÂNICAS
O grupo inglês de heavy metal Iron Maiden encerrou o Rock in Rio, que teve público total de 600 mil pessoas. Às 0h10 da segunda (23), iniciou sua apresentação, que segundo o jornal Estado de São Paulo “parecia anunciar mesmo o Apocalipse”.
Na introdução surgiram imagens nos telões mostrando destruição de forças da natureza. Logo depois, apareceu Jesus Cristo em um crucifixo prestes a incendiar. O vocalista, Bruce Dickinson, instigava o público a cantar junto músicas conhecidas como “The number the beast” (em português, O número da besta), cujo letra anuncia: “Ai de vós, ó terra e mar/ Pois o demônio envia a besta com ódio/ Porque ele sabe que o tempo é curto/O ritual começou, o trabalho do satanás está feito/ 666, o número da besta/ Está havendo sacrifício esta noite”.
Durante mais de uma hora, a banda tocou acompanhada pelo seu famoso “mascote” Eddie, um morto-vivo que aparecia soltando fogo pelo crânio nos telões atrás do palco. Perto das duas da manhã, o festival foi encerrado com o Iron Maiden anunciando na última música: “O mal permanece para sempre/ O mal que os homens fazem permanece para sempre!/ Círculo de fogo, meu batismo de alegria parece terminar/ A sétima ovelha morta, o livro da vida está aberto diante de mim”.
Mas esse não foi o único momento de trevas no espetáculo. No final da noite de domingo (22), quem estava no palco era a banda Slayer. Segundo o site Globo.com, “O inferno não é mais o mesmo, mas continua cozinhando como sempre. Sem o ídolo Jeff Hanneman (morto este ano), o Slayer aterrorizou os fãs no último dia de Rock in Rio neste domingo com o peso e a velocidade que se esperava”.
Entre as músicas mais conhecidas, estava “Disciple” (ou discípulo, em português), onde o vocalista grita “God hates us all” (Deus odeia a nós todos). O final da apresentação que teve o símbolo satanista do pentagrama no telão de fundo quase o tempo todo, foi com “Angel of Death”, que diz: “Podre anjo da morte/ Voando livremente/ Monarca do reino dos mortos/ Infame sanguinário/ Anjo da morte”.
Das trevas para a gloriosa luz
Entre os presentes ao Rock in Rio estava o pastor Marcos Motolo que pode contestar quem acredita que o evento é algo inocente, ou apenas diversão musical. Ele sabe como poucos das implicações de se dedicar a esse tipo de invocação e o preço que elas trazem, pois quase teve sua vida destruída por elas.
Marcos Motolo, já foi considerado o maior fã do Iron Maiden no mundo, com 172 tatuagens. Ele estava no festival para dar testemunho de sua transformação de rockeiro ateu em missionário. Ele traz em seu corpo inclusive o 666, em homenagem a canção “The number the beast”. Mas usa isso para pregar: “Eu não acredito que nada que eu tenha venha me prejudicar de alguma forma. A Bíblia fala que nenhuma condenação existe quando a pessoa encontra Cristo. Por isso que você vê muito ex-matador, ex-traficante ou ex-roqueiro que vira pastor”. E ainda conta que oito tatuagens já desapareceram sem cirurgia. Ele crê que as outras também sumirão.
Em um de seus vídeos ele explica: “Eu abro a Bíblia e Deus me revela o que aconteceu na vida de qualquer pessoa ali dentro (…) Desde minha conversão, o Senhor disse que me levaria para os quatro cantos da Terra e, onde eu colocasse meus pés, as pessoas seriam transformadas pelo poder de Deus”.
domingo, 28 de julho de 2013
OS CINCO PILARES DA NOVA REFORMA CATÓLICA
Na exortação apostólica Evangelii Nuntiandi, escrita pelo Papa Paulo VI, em 1975, e direcionada ao episcopado, ao clero e aos fieis de toda a Igreja, há uma chamada à reação: “Façam chegar ao homem a mensagem cristã por todos os meios que estejam ao seu alcance”. Escrita um ano após a Renovação Católica Carismática (RCC) ter passado por mudanças estruturais e de nomenclatura (os carismáticos eram conhecidos como “católicos pentecostais”), a Evangelii Nuntiandi surge em reação a uma crise institucional que começava a se fazer sentir na Igreja. No documento, os meios de comunicação e a religiosidade popular são citados como elementos a serem trabalhados, em uma estratégia de difusão do catolicismo em áreas de domínio protestante, ortodoxo, islâmico e, ao mesmo tempo, de consolidação das áreas de influência do Vaticano, a exemplo da América Latina, regiões dispersas na África e na Ásia, nas Filipinas.
A Evangelii Nuntiandi surge em decorrência do Concílio Vaticano II (1962-1965), em uma reafirmação da necessidade de uma liturgia mais participativa e da ampliação do diálogo ecumênico. Com a exortação apostólica, o Papa Paulo VI também chama a atenção para a responsabilidade do trabalho evangelístico-missionário. Três anos depois, a eleição de Karol Wojtyla deu início a uma nova fase na história da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR). Pela primeira vez, em 460 anos, um papa não italiano assumia o domínio mundial da ICAR. Uma vez no Poder, Wojtyla colocou em prática aspetos do Vaticano II e da Evangelii Nuntiandi. Por trás de sua eleição também havia uma manobra política e estratégica: é estabelecido um contrapeso ao domínio exercido pela União Soviética na Europa Oriental e da influência desta em alguns setores da Igreja, que, na América Latina, deu origem a Teologia da Libertação (TL). O ateísmo soviético e o temor de que a Igreja Ortodoxa encontrasse espaço para se expandir, pesou na escolha de Wojtyla.
Posteriormente, com a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), João Paulo II abriu caminho para a implantação de novas dioceses em territórios de maioria ortodoxa, levando a uma reprimenda por parte do Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa Russa (IOR). Em um comunicado publicado em julho de 2002, a IOR comentou a decisão do Papa João Paulo II, de criar a diocese de Odessa e Simferopol, para cobertura da região sul da Ucrânia. “A Igreja Ortodoxa Russa, respeitando a necessidade dos católicos ucranianos de acompanhamento pelos seus pastores, não se manifestou contra a criação de dioceses por Roma em regiões por eles historicamente habitadas. Porém, as cátedras episcopais recentemente criadas surgem em regiões onde o número de católicos é bastante insignificante [...] Isso são provas da intenção firme do Vaticano de seguir a política de expansão missionária, inaceitável para os ortodoxos”.
O desdobramento da eleição de Wojtyla serve-nos de exemplo de como o Vaticano se articula no sentido de ampliar sua presença (e influência) em locais estratégicos. Há uma orientação política que passa pela escolha de um novo pontífice, até a beatificação e canonização de “santos”. Cada passo da Igreja é cuidadosamente estudado e tem como base dados estatísticos, influências ou adversidades locais que podem colocar em risco seus interesses. Se a eleição de Wojtyla serviu como uma espécie de contenção da URSS e da influência ortodoxa na Europa Oriental, a escolha do atual Papa Francisco também foi baseada em interesses locais, estratégicos. Com a diminuição de católicos na Europa e Estados Unidos, e, mesmo com o crescimento da Igreja evangélica na América do Sul (como no Brasil), a Santa Sé optou por fortalecer sua zona de influência na América Latina, a partir de um papa conservador em alguns aspectos, mas liberal em outros, como na defesa de um ministério simples, na ampliação do diálogo ecumênico e na abertura da Igreja aos pobres.
A vinda do Papa Francisco ao Brasil (a primeira viagem internacional do novo pontífice) também ocorre com base em uma estratégia romana de fortalecimento de sua área de influência na América Latina, para usá-la como ponta de lança para a remodelação mundial da Igreja. O crescimento do movimento evangélico brasileiro é um dos motivos, mas não o único. A porção latina do continente americano ainda é a parte mais dinâmica do mundo para o Catolicismo Romano, respondendo por 40% do número total de católicos existentes no mundo, contra os 10% de protestantes (2/3 dos quais de orientação pentecostal). A origem latina de Francisco e sua primeira viagem ao Brasil passam uma clara mensagem de que a Igreja pretende se consolidar na Região, com o intuito de lançar um projeto de fortalecimento global, universal. De forma semelhante, João Paulo II iniciou sua caminhada internacional a partir da República Dominica e México, em um período em que a TL surgia como uma ameaça à influência da Igreja, tendo Leonardo Boff com um dos expoentes – João Paulo II considerava a TL uma aliada do comunismo, segundo destacou a Reuters, em 2005.
Foi a partir do Papa João Paulo II que a Igreja colocou em prática cinco principais estratégias com o objetivo de se fortalecer e conter o avanço de grupos religiosos vistos como ameaças a sua hegemonia, as quais são: fortalecer a presença da Igreja Católica entre os jovens, levando, assim, ao despertamento de novas lideranças eclesiásticas; fortalecer e ampliar o ecumenismo com o intuito de absorção do protestantismo; fortalecer e ampliar a presença da Igreja em meios de comunicação de massa; beatificar e canonizar novos santos como representantes identificadores de seus países; e desenvolver uma linguagem semelhante à usada por igrejas evangélicas, tornando sua mensagem mais atraente ao público. Com Francisco as estratégias alcançam novos patamares.
sexta-feira, 26 de julho de 2013
sábado, 8 de junho de 2013
IGREJA PRESBITERIANA ACEITA ORDENAÇÃO DE PASTORES GAYS E CAUSA DIVISÃO NA MAIOR DENOMINAÇÃO EVANGÉLICA DOS ESTADOS UNIDOS
Considerada a maior denominação evangélica/protestante dos Estados Unidos, a Igreja Presbiteriana dos EUA, está enfrentando atualmente o maior êxodo da denominação em toda sua história no país. No ano passado, a Comunhão Presbiteriana (PCUSA) contabilizou a saída de mais de cem congregações de sob a liderança da organização.
O motivo desse forte êxodo na igreja foi uma mudança no estatuto geral da denominação, que passou a permitir a ordenação de clérigos assumidamente gays. De acordo com o site Protestante Digital, a Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana dos EUA (PCUSA) revelou que durante o no ano passado (2012) viu a maior saída de congregações da denominação, com 121 abandonos solicitados.
O desligamento de congregações da Comunhão Presbiteriana teve seu início em 2010, quando a 219ª Assembleia Geral, formada pela maioria dos presbitérios, votaram e aprovaram a Alteração da emenda 10 do estatuto da denominação, permitindo que os clérigos abertamente homossexuais pudessem ser ordenados. No ano seguinte, quando Scott Anderson foi o primeiro clérigo abertamente gay a ser ordenado pastor da denominação, a saída foi de 21 congregações, a grande maioria por discordarem das novas regras a respeito da ordenação de pastores.
Emily Enders Odom, coordenador de comunicação da Assembleia, explicou a situação em um comunicado, no qual afirma que apesar da dor produzida pela separação apenas “29 por cento dos 173 presbitérios” opuseram-se à norma.
O estudioso de religiões Jim Miller, do Instituto de Religião e Democracia, comentou o caso citando um estudo que mostra que as congregações das Igrejas Presbiterianas dos EUA (PCUSA-sigla em inglês) estão sofrendo um declínio no número de membros regulares. Ao final de 2012 eram cerca de 1,84 milhões de fiéis, ante aos 1,95 milhões no final de 2011. Isso representa uma perda de mais de 102 mil membros neste período.
A saída desse elevado número de congregações da comunhão motivou também a criação de uma nova ordem para acolher tais igrejas, que já se organizam em uma nova comunhão denominacional.
Por Dan Martins
sábado, 18 de maio de 2013
O CAMINHO PARA A SANTIDADE
“Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada. Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação, se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso. Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado. Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, a pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos. Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1 Pedro 1.22-2.10).
Muitos crentes hoje adoram cantar corinhos de louvor sobre santidade, mas a maioria não tem a mínima idéia de como obter a santidade sobre a qual cantam. Nossas igrejas experimentam uma grande incoerência entre o sentimento e a realidade, entre a emoção de domingo e o comportamento durante a semana. Como alguém se torna santo?
Escrevendo aos crentes que passavam por severos testes de sua fé, o apóstolo Pedro exortou os cristãos à santidade como um meio apropriado para suportar suas provas. Em vez de deixar uma recomendação fácil, ele instou: “Segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento” (1 Pe 1.15). Você pode perguntar: como alguém realiza isso? Em 1 Pedro 1.22-2.10, o apóstolo dá as explicações.
Amar Intensamente
(1 Pe 1.22-25)
“Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pe 1.22).
Deus é santo e completamente único em Sua habilidade e inclinação a amar:“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Os filhos de Deus tornam-se santos, separados para Ele, quando seguem Seus passos e amam aos outros.
Ardentemente indica a natureza zelosa de amar como Deus ama. Esse mesmo advérbio, traduzido como “intensamente” em Lucas 22.44, demonstra a intensidade envolvida: “E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra”.
Existem três razões para amar ardentemente. Primeiro,
Pedro não iniciou com a razão. Em vez disso, ele começou com o coração: “Amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pe 1.22). Amar significa colocar o bem-estar de alguém acima do seu. Há muitos anos, quando meus filhos eram pequenos, eles encontraram dois gatinhos sarnentos perdidos na vizinhança. Minha mãe, que estava nos visitando, detestava gatos. Apesar disso, seu amor por seus netos a impeliu a ajudá-los a dar mamadeira aos gatinhos, para que recuperassem a saúde. Fiquei impressionado com o gesto de amor.
Deus é santo e completamente único em Sua habilidade e inclinação a amar:“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Os filhos de Deus tornam-se santos, separados para Ele, quando seguem Seus passos e amam aos outros.
Ardentemente indica a natureza zelosa de amar como Deus ama. Esse mesmo advérbio, traduzido como “intensamente” em Lucas 22.44, demonstra a intensidade envolvida: “E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra”.
Existem três razões para amar ardentemente. Primeiro, porque é assim que Deus ama. Segundo, porque esses crentes haviam feito um compromisso: “tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pe 1.22). Como eles já haviam abandonado o egoísmo, Pedro os instigou a praticarem aquele compromisso. Terceiro, porque foi para isso que eles haviam nascido: “Pois fostes regenerados não de semente corruptível (perecível), mas da incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (1 Pe 1.23). Poderíamos dizer que nascemos (de novo) para amar. Não devemos mais viver na velha natureza, mas na nova, que é nascida em Deus e moldada segundo o próprio Jesus. Amar fervorosamente uns aos outros manifestará quem realmente somos. Aqueles que nasceram de semente imperecível devem manifestar um amor imperecível.
Por que Pedro começou falando sobre o amor? Porque o amor é o que deve mover as relações. O conhecimento sem amor produz a arrogância (1 Co 8.1). A obediência sempre pavimenta o caminho para a instrução. O amor deve preceder o aprendizado para que cresçamos em santidade. O exercício é espiritual, em vez de acadêmico, o que pode explicar porque há tanta imaturidade em nossas igrejas, apesar da abundância de ensino bíblico e materiais para estudo bíblico. A maturidade depende não somente de aprendizado, mas de amor.
Aprender Avidamente
(1 Pe 2.1-3)
Em seguida, Pedro disse aos seus leitores para que aprendessem avidamente: “Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (1 Pe 2.1-2).
“Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (1 Pe 2.1-2).
Nada produz mais fome do que o trabalho pesado. Amar ativamente nossos irmãos deve produzir fome por ensino adicional. Porém, por que Pedro teria que ordenar este desejo pela Palavra? Aparentemente alguns procuram respostas em outros lugares para o sofrimento envolvido em amar seus irmãos. Talvez, alguns procuram em psicologia humana, manipulação interpessoal ou idéias mundanas de autopreservação.
Entretanto, as Escrituras nos dizem para confiarmos em nosso alimento natural. Aqui, a imagem de uma mãe amamentando é forte. O leite materno é para uma criança o que a Palavra de Deus é para um crente. Todos percebem quando há um bebê faminto. Sem malícia, engano ou hipocrisia. Nascemos de novo da Palavra de Deus (uma semente imperecível), e devemos desejar o leite da Palavra. Devemos ser como os recém-nascidos.
Esse desejo deve substituir as atitudes erradas. Sem dúvida, alguns responderam inapropriadamente ao desafio de amar aos outros. A expressão despojando é sempre usada no Novo Testamento para a substituição de algumas atitudes. A maldade e o dolo lembram que o desejo mau e o engano havia penetrado nos relacionamentos interpessoais entre irmãos. A hipocrisia e a inveja indicam a presença do ciúme e a falta da transparência. A palavra maledicências mostra que esses sentimentos foram revelados publicamente, como em uma típica família em que o amor é forçado até o ponto de ruptura.
Pedro ordenou esse desejo pela Palavra, porque o anseio por uma dieta saudável deve ser cultivado. Deixando todo comportamento maldoso, podemos, então, consumir a Palavra de Deus – nosso alimento natural – como o leite em um lar cheio de crianças.
Nosso apetite pela Palavra de Deus deve ser cultivado. Os crentes que experimentaram e viram que o Senhor é bom não devem permitir que comidas prejudiciais destruam seu desejo por alimentação verdadeira. Se você perdeu seu apetite pela Palavra de Deus, recultive-o lendo sua Bíblia regularmente. A obediência (amar ardentemente) e a fome espiritual (aprender avidamente) produzem santidade.
Trabalhar Entusiasticamente
(1 Pe 2.4-10)
O terceiro passo em direção à santidade é o exercício: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive... também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual” (1 Pe 2.4-5). O contexto sugere uma ordem suave. Alguns lêem a expressão sois edificados como “deixem-se ser edificados”, enquanto outros invertem o significado como “edifiquem a si mesmos”. Claramente, essa edificação é resultado dos crentes “chegarem-se para Ele”. Portanto, devemos estar disponíveis para o serviço, como participantes do sacerdócio real que Jesus está edificando.
O terceiro passo em direção à santidade é o exercício: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive... também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual” (1 Pe 2.4-5).
A Lei de Moisés estabeleceu o sacerdócio levítico para servir à nação de Israel em uma casa física (o Templo). O novo princípio identifica cada crente como um sacerdote em uma casa espiritual. Porém, esse “sacerdócio de crentes” não significa que somos sacerdotes em isolamento. Cada crente é uma “pedra viva” em uma “casa viva”, que é um sacerdócio santo. Devemos trabalhar entusiasticamente, porque a integridade da casa depende de cada pedra.
A casa viva desse plano é a Igreja. Israel falhou temporariamente no que se refere à vinda de seu Messias pela primeira vez. Então, até que Ele retorne, Jesus é a pedra angular de uma casa espiritual – Sua Igreja – que Ele disse que edificaria (Mt 16.18).
Esse templo vivo e santo é o meio pelo qual Deus glorifica a Si mesmo neste mundo, até o dia em que Ele reconstruirá o Templo de Israel para o Reino do Messias. Todos os crentes genuínos, tanto judeus quanto gentios, devem trabalhar juntos para oferecer “sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pe 2.5).
Esse caminho para a santidade é essencial, portanto, para a Igreja, porque essa “geração escolhida” temporária, chamada também por Pedro de “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus”, tem o propósito de proclamar “as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9).
Até que os ramos naturais (o povo judeu) sejam enxertados na sua própria oliveira (Rm 11.24), os ramos da oliveira brava (gentios) devem viver e trabalhar juntos de um modo que reflita a glória e a santidade de Deus ao mundo. Portanto, não deixe que suas provações o distraiam no caminho para a santidade. (Richard D. Emmons )
sábado, 16 de março de 2013
O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM A IGREJA?
O que está acontecendo com a Igreja? os crentes do século XXI, parecem, que se esqueceram da cruz, esqueceram que Jesus Cristo um dia morreu por nós para que pudéssemos ter livre acesso ao Pai. Hoje, parece que somos mais um grupo de amigos, aonde compartilhamos os mesmos sentimentos, frequentamos o mesmo clube e nos esquecemos que a Igreja é lugar de adoração, onde o Senhor Deus é exaltado através de seu Filho, Jesus Cristo. Estamos perdendo o foco, em vez de exaltarmos o nome de Deus, estamos exaltando a nós mesmos. Algo muito ruim está acontecendo. Cada vez mais assistimos crentes enveredando por caminhos que não levam a Deus. Sou categórico ao afirmar que determinadas seitas, rotuladas como evangélicas, estão destruindo a Igreja Evangélica brasileira. Me dá ânsia quando ligo a TV e vejo a nojeira que homens corruptos, amantes de si mesmo, sob o rótulo de pastores evangélicos, falando ao povo como se fosse "homens de Deus", mas os negam com suas práticas malignas, corrompidas pelo poder e fome insaciável pelo dinheiro. Não bastasse todo mal que a Igreja de Roma causou ao evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, introduzindo todo tipo de heresias, agora, contemplamos o mal disseminar através de falsos mestres, enganadores, tendo suas mentes cauterizadas, insensível e contrários a Palavra de Deus.
Não podemos achar que todo aquele que se diz: Senhor, Senhor, é digno de crédito. Os lobos não vêem vestido de lobo e sim de ovelha. E muitas pessoas, fiéis ao Senhor Jesus Cristo, com temor de estar julgando, calam-se, enquanto aqueles, desprovido do temor de Deus, fazem fortunas, adquirem meios de comunicação, não para pregar a verdade que liberta, mas, semelhante ao mundo, propagam a mensagem de Satanás. Prostituição, imoralidade, corrupção, violência, são as mensagens exibidas em suas emissoras. Até quando vamos continuar comprando lenços "sê tu uma benção", até quando seremos enganados por essa gente. Seus Templos estão lotados, mas, o que se vê, são verdadeiros cemitérios de corpos, assim como o Profeta Ezequiel contemplou a nação israelense, quando o próprio Senhor Deus mostrou-lhe como ele via aquele povo, totalmente distanciados da sua graça.
Aprenderam com os falsos mestres, que uma vida abençoada é aquela cheia de dinheiro. Esqueceram que Paulo, Daniel, Jeremias, Estevão e outros homens citados nas escrituras sagradas, levaram uma vida de renúncia, sofrimentos e mortes. Suas pregações visavam a transformação do homem. Mas esses falsos mestres prometem uma vida cheia de dinheiro, riqueza e, concomitantemente, o que se vê, são pessoas longe de Deus.
O resultado, ocasionado por esse "pseudo evangelho", que algumas denominações insistem em pregar, tem suscitado uma categoria de crentes infiéis, sem compromisso com Deus, vivendo uma religião, porém, os procedimentos demonstram o quanto são carnais.
E, assim, vamos assistindo a investida do Diabo através de seus servos, levando muitos a abandonarem a Igreja, a comunhão com Cristo, pois viveram sob a perspectiva que, se recebesse Jesus Cristo como Senhor, suas contas seriam pagas, não haveria mais problemas. Como isso nem sempre acontece, pois, como diz as escrituras, o Reis de Deus não é comida e nem bebida, muitos se frustam e voltam ao Egito tristes e decepcionas.
Felizmente, não seremos pego de surpresa, pois a Palavra de Deus já nos advertia quanto a tudo isso. Resta-nos fazer a nossa parte, pregarmos o Evangelho da Salvação e manter-nos firmes, procurando não desviar nem para a direita, nem para a esquerda e, assim, aguardarmos ansiosos pela volta de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.
domingo, 10 de março de 2013
A MÚSICA COMO INSTRUMENTO DE ADORAÇÃO
É muito comum ouvirmos dizer que toda música, independente do ritmo, da melodia, pode ser um instrumento para adorar a Deus. Mas será essa uma verdade? será que as melodias tocadas nos terreiros de candomblé podem ser tocadas como instrumento de adoração a Deus nas Igrejas?
Algumas das indagações que faço originou de uma conversa com uma irmã em Cristo Jesus que acredita que Deus criou todos os ritmos e, portanto, independente da melodia, todos os ritmos podem ser usados para adorar a Deus.
O batuque que se toca no terreiro de macumba, é um meio para invocar os demônios. Sempre soube, mesmo antes de servir ao Senhor que o estilo heavy metal era uma música de adoração ao diabo. E me surpreendi de ver tantos cantando essas músicas. Será que o fato de tocarmos qualquer estilo de música, adequando suas letras ao evangelho é válido?! Será que não há problemas em tocarmos marchinhas de carnaval dentro da Igreja. Será que não existe nada de mais em fazermos um "arraiá gospel" dentro da Igreja? Será que tudo é válido? ou será que estamos adequando a Igreja aqueles que, ainda que frequentam uma denominação evangélica, nunca deixaram o mundo?! É de se pensar, afinal, muitos instrumentos musicais como tambores e pífaros foram criados para o querubim ungido.
A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE E SEUS MALES
Quando propus aceitar Jesus Cristo como Senhor de minha vida e aceitar o Seu chamado para o ministério, cumpriu-se na minha vida os ensinamentos de Jesus Cristo que diz: "Quer vir após mim? então tome a sua cruz, negue-se a si mesmo e siga-me. Desta forma, eu, assim como os crentes em Jesus Cristo, já não temos o direito, enquanto professarmos diante dos homens, sermos cristãos, de viver uma vida destruída, vivendo segundo os preceitos mundanos e totalmente distanciados da doutrina Cristã. Lamentável a quantidade de indivíduos de caráter danificado pelos valores mundanos, disseminadores de heresias, com suas mentes cauterizadas pelo pecado e que já não mais se incomodam em subir em um altar e pregar a Palavra de Deus não importando com seu viver nocivo, suas práticas perniciosas, não sabendo que suas atitudes causam danos ao evangelho, vem crescendo a cada dia, alcançando até mesmos aqueles que outrora, sempre foram fiéis ao Evangelho, mas que, segundo a ótica do mundo, não são tão espirituais, pois suas igrejas são pequenas, não há muitos membros e que, se não seguirem os padrões apostos, dificilmente prevalecerão.
Não tenho o direito de interferir na vida de ninguém, muito menos de julgar quem quer que seja, porém, quando o viver daqueles que se dizem escolhidos por Deus para o ministério se equiparam aos que vivem segundo os deleites mundano, eles, acabam causando danos, não somente a si ou a denominação a que pertencem, mas principalmente ao nome de Jesus. Pelos frutos se conhece a árvore.
Recentemente, incomodado com o linguajar de uma moça que se dizia cristã, filha de um diácono de uma denominação, talvez a maior do Brasil, fui obrigado a repreendê-la por que era passível de repreensão. Muitos esperam que nós, evangélicos, sejamos referencial no que concerne ao bom testemunho, todavia, não é o que se vê.
A Teologia da Prosperidade, tem causado muitos males ao Evangelho. A famosa denominação, que eu, particularmente a considero uma seita, mas que é conhecida como um denominação "evangélica" usa sua Rede de Televisão a serviço do Diabo, e o mais lamentável, é que essa emissora foi adquirido com as contribuições de sua membresia. A busca desenfreada pelo dinheiro a qualquer custo tem formado dentro dessas denominações, péssimos, ditos "cristãos". Esses pseudo crentes, líderes dessas associações, conhecem bem a psicologia do homem e vendem sua mercadoria, mesmo sabendo que o que fazem é reprovado por Deus, segundo as Escrituras Sagradas.
Hoje, muitos vão as igrejas, não em busca de um encontro genuíno com Jesus Cristo, mas, em busca de solução para os seus problemas, sobretudo, o financeiro. E os lobos descobriram isso e oferecem a solução para as adversidades. Infelizmente, com pouco tempo, vem a frustração, e nunca mais retornam a Igreja e nem a Jesus Cristo. Esquecem que devemos olhar para Cristo e não para os homens. Esquecem que sem a leitura da Palavra de Deus seremos enganados, mas mesmo assim, negligenciam as verdade bíblicas.
Sou pastor, faço a obra de Deus não pelo dinheiro, mas, por amor a obra que Ele me confiou, assim como muitos que dedicam ao Reino integralmente e, da mesma maneira, fazem a obra com o maior temor possível. Tenho buscado, incessantemente, um viver que seja compatível com aquilo que prego e acredito. Sou um pecador mas creio que Deus fará grandes obras. A palavra dele para nós é essa: Sê fiel até o fim.
Pastor Hélder Teixeira
Não tenho o direito de interferir na vida de ninguém, muito menos de julgar quem quer que seja, porém, quando o viver daqueles que se dizem escolhidos por Deus para o ministério se equiparam aos que vivem segundo os deleites mundano, eles, acabam causando danos, não somente a si ou a denominação a que pertencem, mas principalmente ao nome de Jesus. Pelos frutos se conhece a árvore.
Recentemente, incomodado com o linguajar de uma moça que se dizia cristã, filha de um diácono de uma denominação, talvez a maior do Brasil, fui obrigado a repreendê-la por que era passível de repreensão. Muitos esperam que nós, evangélicos, sejamos referencial no que concerne ao bom testemunho, todavia, não é o que se vê.
A Teologia da Prosperidade, tem causado muitos males ao Evangelho. A famosa denominação, que eu, particularmente a considero uma seita, mas que é conhecida como um denominação "evangélica" usa sua Rede de Televisão a serviço do Diabo, e o mais lamentável, é que essa emissora foi adquirido com as contribuições de sua membresia. A busca desenfreada pelo dinheiro a qualquer custo tem formado dentro dessas denominações, péssimos, ditos "cristãos". Esses pseudo crentes, líderes dessas associações, conhecem bem a psicologia do homem e vendem sua mercadoria, mesmo sabendo que o que fazem é reprovado por Deus, segundo as Escrituras Sagradas.
Hoje, muitos vão as igrejas, não em busca de um encontro genuíno com Jesus Cristo, mas, em busca de solução para os seus problemas, sobretudo, o financeiro. E os lobos descobriram isso e oferecem a solução para as adversidades. Infelizmente, com pouco tempo, vem a frustração, e nunca mais retornam a Igreja e nem a Jesus Cristo. Esquecem que devemos olhar para Cristo e não para os homens. Esquecem que sem a leitura da Palavra de Deus seremos enganados, mas mesmo assim, negligenciam as verdade bíblicas.
Sou pastor, faço a obra de Deus não pelo dinheiro, mas, por amor a obra que Ele me confiou, assim como muitos que dedicam ao Reino integralmente e, da mesma maneira, fazem a obra com o maior temor possível. Tenho buscado, incessantemente, um viver que seja compatível com aquilo que prego e acredito. Sou um pecador mas creio que Deus fará grandes obras. A palavra dele para nós é essa: Sê fiel até o fim.
Pastor Hélder Teixeira
domingo, 17 de fevereiro de 2013
MEU FILHO, MEU DISCÍPULO!
Há um velho jargão conhecido de todos nós: “Faça o que mando, mas não faça o que eu faço! Todavia ao agirmos assim nos esquecemos de um outro adágio não tão divulgado, mas muito mais eficiente: “A vida dos pais é o caderno de exercício dos filhos”.
Tim Lahaye menciona em seu livro “Vida familiar controlada pelo Espírito” um levantamento histórico feito nos Estados Unidos da América que mostra o contraste de duas pessoa pessoas que viveram na mesma época e na mesma cidade, Nova Iorque. Estas pessoas são: Max Jukes e Jonathan Edwards. Veja que coisa impressionante:
Max Jukes era um materialista e ateu confesso que se casou com alguém que tinha o mesmo pensamento. Eles tiveram filhos e os criaram sem nenhuma orientação bíblica. Até a quarta geração essa família teve 1026 descendentes.
300 tiveram morte prematura.
100 estiveram em penitenciárias em média 13 anos.
190 mulheres tornaram-se prostitutas.
100 foram bêbados e drogados.
Jonathan Edwards era um pastor que se casou com uma mulher comprometida com Deus e seus filhos foram criados na igreja e ensinados de acordo com a bíblia. Até a quarta geração, os Edwards tiveram 729 descendentes.
300 pastores e pregadores do evangelho
65 professores universitários.
13 diretores de faculdades.
60 escritores.
3 deputados
1 vice-presidente dos Estados Unidos da América.
Até hoje a família de Jonathan Edwards exerce muita influência na sociedade norte-americana.
O exemplo fala mais alto do que qualquer coisa. Lembre-se: Seu filho não é seu conhecido, vizinho, ou colega de trabalho. Seu filho é seu discípulo!
Do que adianta pedir que os filhos façam orações, se eles nunca ouvem uma oração feita pelos pais. Aliás, poucos são os cônjuges cristãos que realmente oram juntos. Você tem esse hábito? Do que adianta insistir para que os filhos leiam a bíblia, quando nunca vêem os pais lendo a Palavra de Deus? Por que lutar para que os filhos participem das atividades da igreja se os próprios pais nunca priorizam o tempo de estar na Casa de Deus?
O renomado pregador John Wesley, filho de Susana Wesley, declarou: “Aprendi mais sobre Jesus Cristo convivendo com minha mãe do que com todos os teólogos da Inglaterra.” Será que nossos filhos podem dizer algo semelhante?
Ainda há tempo... transforme seu filho em seu discípulo!
O exemplo fala mais alto do que qualquer coisa. Lembre-se: Seu filho não é seu conhecido, vizinho, ou colega de trabalho. Seu filho é seu discípulo!
Do que adianta pedir que os filhos façam orações, se eles nunca ouvem uma oração feita pelos pais. Aliás, poucos são os cônjuges cristãos que realmente oram juntos. Você tem esse hábito? Do que adianta insistir para que os filhos leiam a bíblia, quando nunca vêem os pais lendo a Palavra de Deus? Por que lutar para que os filhos participem das atividades da igreja se os próprios pais nunca priorizam o tempo de estar na Casa de Deus?
O renomado pregador John Wesley, filho de Susana Wesley, declarou: “Aprendi mais sobre Jesus Cristo convivendo com minha mãe do que com todos os teólogos da Inglaterra.” Será que nossos filhos podem dizer algo semelhante?
Ainda há tempo... transforme seu filho em seu discípulo!
domingo, 13 de janeiro de 2013
TRADUÇÃO DA BÍBLIA - JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA
A grande maioria dos evangélicos do Brasil associa o nome de João Ferreira de Almeida às Escrituras Sagradas. Afinal, é ele o autor (ainda que não o único) da tradução da Bíblia mais usada e apreciada pelos protestantes brasileiros. Disponível aqui em duas versões publicadas pela Sociedade Bíblica do Brasil — a Edição Revista e Corrigida e a Edição Revista e Atualizada — a tradução de Almeida é a preferida de mais de 60% dos leitores evangélicos das Escrituras no País.
Se a tradução de Almeida é largamente conhecida, o mesmo não se pode dizer a respeito do autor. Pouco, ou quase nada, se tem falado e escrito a respeito dele. Almeida nasceu por volta de 1628, em Torre de Tavares, Portugal, e morreu em 1691, na cidade de Batávia (atual ilha de Java, Indonésia). O que se conhece da vida de Almeida está registrado na “Dedicatória” de um de seus livros e nas atas dos presbitérios de Igrejas Reformadas (calvinistas) do Sudeste da Ásia, para as quais trabalhou como pastor, missionário e tradutor, durante a segunda metade do século XVII.
Tradutor aos 16 anos
Segundo registros daquela época, em 1642, aos 14 anos, João Ferreira de Almeida teria deixado Portugal para viver em Málaca (Malásia). Ele havia ingressado no protestantismo, vindo do catolicismo, e transferia-se com o objetivo de trabalhar na Igreja Reformada Holandesa daquele local.
Dois anos depois, por iniciativa pessoal, Almeida começou a traduzir para o português uma parte dos Evangelhos e das Cartas do Novo Testamento. A tradução, feita do espanhol, foi terminada em 1645, mas nunca foi publicada. Entretanto, o tradutor fez cópias à mão desse seu trabalho, as quais foram mandadas para as congregações de Málaca, Batávia e Ceilão (hoje Sri Lanka).
No tempo de Almeida, o idioma português era o mais falado em partes da Índia e do Sudeste da Ásia. Acredita-se, no entanto, que o português empregado por Almeida tanto em pregações como na tradução da Bíblia fosse bastante erudito e, portanto, de difícil compreensão para a maioria do povo. Essa impressão é reforçada por uma declaração dada por ele em Batávia, quando se propôs a traduzir alguns sermões “para a língua portuguesa adulterada, conhecida desta congregação”.
Pastor no Sudeste da Ásia
O tradutor permaneceu em Málaca até 1651, quando se transferiu para Batávia. Depois de passar por um exame preparatório e de ter sido aceito como candidato ao pastorado, Almeida acumulou novas tarefas: dava aulas de português a pastores, traduzia livros e ensinava catecismo a professores de escolas primárias. Em 1656, ordenado pastor, foi indicado para o Presbitério do Ceilão.
Ao que tudo indica, esse foi o período mais agitado da vida do tradutor. Durante o pastorado em Galle (Sul do Ceilão), Almeida assumiu uma posição tão forte contra o que ele chamava de “superstições papistas”, que o governo local resolveu apresentar uma queixa a seu respeito ao governo de Batávia (provavelmente por volta de 1657). Entre 1658 e 1661, época em que foi pastor em Colombo, ele voltou a enfrentar problemas com o governo, o qual tentou, sem sucesso, impedi-lo de pregar em português.
A passagem de Almeida por Tuticorin (Sul da Índia), onde foi pastor por cerca de um ano, também parece não ter sido das mais tranquilas. Tribos da região negaram-se a ser batizadas ou ter seus casamentos abençoados por ele. Tudo indica que isso aconteceu porque a Inquisição havia ordenado que um retrato de Almeida fosse queimado numa praça pública em Goa.
Foi também durante a estada no Ceilão que, provavelmente, o tradutor conheceu a mulher com a qual viria a se casar. Vinda do catolicismo romano para o protestantismo, como ele, chamava-se Lucretia Valcoa de Lemmes (ou Lucrécia de Lemos). Mais tarde, a família completou-se, com o nascimento de um menino e de uma menina.
Pastor e tradutor em Batávia
A partir de 1663 (dos 35 anos de idade em diante, portanto), Almeida trabalhou na congregação de fala portuguesa da cidade de Batávia, onde ficou até o final da vida, em 1691. Nesta nova fase, teve uma intensa atividade como pastor. Ao mesmo tempo, retomou o trabalho de tradução da Bíblia, iniciado na juventude. Foi somente então que passou a dominar a língua holandesa e a estudar grego e hebraico. Em 1676, Almeida comunicou ao presbitério que o Novo Testamento estava pronto. Aí começou a batalha do tradutor para ver o texto publicado — ele sabia que o presbitério não recomendaria a impressão do trabalho sem que fosse aprovado por revisores indicados pelo próprio presbitério. E também que, sem essa recomendação, não conseguiria outras permissões indispensáveis para que o fato se concretizasse: a do Governo de Batávia e a da Companhia das Índias Orientais, na Holanda.
Um fato curioso é que, em alguns escritos, e até mesmo na folha de rosto de suas Bíblias, Almeida aparece com o título de padre. Alguns até já sugeriram que pudesse ter sido membro da Companhia de Jesus. No entanto, esse título era usado também pelos pastores protestantes nas Índias Orientais, naquele tempo. Assim, onde se lê “padre” deve-se entender “pastor”.
A publicação do Novo Testamento português
Escolhidos os revisores, o trabalho começou e foi sendo desenvolvido vagarosamente. Quatro anos depois, irritado com a demora, Almeida resolveu não esperar mais — mandou o manuscrito para a Holanda por conta própria, para ser impresso lá. Mas o presbitério conseguiu fazer com que a impressão fosse interrompida. Passados alguns meses, depois de algumas discussões, quando o tradutor parecia estar quase desistindo de apressar a publicação de seu texto, cartas vindas da Holanda trouxeram a notícia de que o manuscrito havia sido revisado e estava sendo impresso naquele país.
Em 1681, a primeira edição do Novo Testamento de Almeida finalmente saiu da gráfica. A impressão foi feita em Amsterdã, na Holanda, na tipografia da viúva J. V. Zomeren. O título era este: “O Novo Testamento Isto he o Novo Concerto de Nosso Fiel Senhor e Redemptor Iesu Christo traduzido na Língua Portuguesa”. Um ano depois, essa edição do Novo Testamento chegou a Batávia, mas apresentava erros de tradução e revisão. O fato foi comunicado às autoridades da Holanda e todos os exemplares que ainda não haviam saído de lá foram destruídos, por ordem da Companhia das Índias Orientais. As autoridades Holandesas determinaram que se fizesse o mesmo com os volumes que já estavam em Batávia. Pediram também que se começasse, o mais rápido possível, uma nova e cuidadosa revisão do texto.
Apesar das ordens recebidas da Holanda, nem todos os exemplares recebidos em Batávia foram destruídos. Alguns deles foram corrigidos à mão e enviados às congregações da região (um desses volumes pode ser visto hoje no Museu Britânico, em Londres). O trabalho de revisão e correção do Novo Testamento foi iniciado e demorou dez longos anos para ser terminado. Somente após a morte de Almeida, em 1693, é que essa segunda versão foi impressa, na própria Batávia, onde também foi distribuída. A terceira edição viria a ser publicada em 1712.
A tradução do Antigo Testamento
Enquanto progredia a revisão do Novo Testamento, Almeida começou a traduzir o Antigo Testamento. Em 1683, ele completou a tradução do Pentateuco. Iniciou-se, então, a revisão desse texto, e a situação que havia acontecido na época da revisão do Novo Testamento, com muita demora e discussão, acabou se repetindo. Já com a saúde prejudicada—pelo menos desde 1670, segundo os registros —, Almeida teve sua carga de trabalho na congregação diminuída e pôde dedicar mais tempo à tradução. Mesmo assim, não conseguiu acabar a obra à qual havia dedicado a vida inteira. Em 1691, no mês de outubro, Almeida veio a falecer. Nessa ocasião, ele havia chegado até Ezequiel 48.21. A tradução do Antigo Testamento foi completada em 1694 por Jacobus op den Akker, pastor holandês. O texto do Antigo Testamento completo só viria a ser impresso em 1751. A Bíblia completa em um único volume só foi publicada em 1819.
O processo de tradução
Pouco ou nada se sabe a respeito de como Almeida traduziu a Bíblia. As atas da Igreja Reformada em Batávia dão atenção a problemas administrativos como impressão, distribuição e discussão com autoridades, mas pouco ou nada informam sobre a tradução ou outras questões relacionadas com o texto. Para o Novo Testamento, o único texto disponível naquele momento era o assim chamado “texto recebido”. A edição mais recente desse texto era a segunda edição publicada pelos irmãos Elzevir, em 1633, o que não significa que Almeida se valeu exatamente desta edição. Além do original, Almeida teve acesso a outras traduções, como a espanhola, a francesa e a italiana. No Prefácio da obra “Diferença da Cristandade”, traduzida por Almeida do espanhol para o português, em 1684, diante da falta de uma Bíblia Portuguesa completa, Almeida remete o leitor à versão espanhola da Sagrada Escritura. Sua intenção era, como ele mesmo diz, “dar-vos assim em breve toda a Escritura Sagrada em vossa própria língua. Que é a maior dádiva, e o mais precioso tesouro, que nunca ninguém, que eu saiba, até o presente vos tenha dado”.
Como o texto de Almeida chegou pela primeira vez ao Brasil
Ao que tudo indica, o texto da Bíblia de Almeida chegou ao Brasil pela primeira vez em 1712, ainda que de forma acidental. Uma remessa de 150 exemplares do Evangelho de Mateus (edições com mais de mil exemplares eram raras naquele tempo!), impressa em Amsterdã e destinada ao povo de fala portuguesa das Índias Ocidentais, acabou aportando no Brasil. Acontece que o navio foi interceptado pelos franceses e conduzido a um porto brasileiro, no Rio de Janeiro ou em Salvador. Não se sabe quem ficou com as cópias do Evangelho de Mateus. Posteriormente, a Bíblia de Almeida passou a ser distribuída no Brasil pela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira.
As revisões do texto de Almeida
A tradução do Novo Testamento feita por Almeida foi revisada antes de ser publicada em 1681 e, quando o texto foi publicado, já necessitava de imediata revisão. Depois, em meados do século XVIII, ainda na ilha de Java, foi feita uma revisão do texto de toda a Bíblia. A segunda grande revisão, chamada de “revisão de Londres”, foi feita cem anos mais tarde, entre 1869 e 1875. Vinte anos depois, em 1894, ainda em Londres, o mesmo texto foi corrigido quanto à ortografia e alguns termos obsoletos foram substituídos. A edição de 1898, feita em Lisboa, viria a ser conhecida como Almeida Revista e Corrigida. Ao longo dos anos, essa edição vem sofrendo atualização gráfica e pequenos retoques no que diz respeito a termos arcaicos e palavras que mudaram de significado. A mais recente dessas revisões foi feita, no Brasil, em 1995.
A atualização de Almeida no Brasil
Em 1943, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira juntamente com a Sociedade Bíblica América, que atuavam no Brasil naquele tempo, decidiram preparar e publicar uma revisão da tradução de Almeida. Essa revisão, que, a partir de 1948, passou aos cuidados da Sociedade Bíblica do Brasil, viria a ser conhecida como a Almeida Revista e Atualizada. Dela participaram biblistas e vernaculistas de renome, membros das mais diversas denominações evangélicas presentes no Brasil naquela época. A revisão do Novo Testamento foi publicada em 1952. A revisão do Antigo Testamento foi concluída em menos tempo, em 1956, porque uma pequena comissão se dedicou a essa tarefa em regime de tempo integral. A Bíblia toda só foi publicada em 1959. Uma segunda edição de Almeida Revista e Atualizada foi publicada, no Brasil, em 1993.
A base textual do Novo Testamento em Almeida Revista e Atualizada
Uma das diferenças entre as edições Revista e Atualizada e Revista e Corrigida diz respeito ao texto grego adotado como base para a tradução do Novo Testamento. No século XVII, Almeida dispunha somente do assim chamado “texto recebido” (textus receptus), que tem sua origem no Novo Testamento Grego editado por Erasmo de Roterdã, em 1516, e baseado em alguns poucos manuscritos gregos copiados durante a Idade Média. Não há nenhum mérito ou valor especial nessa “decisão” tomada por Almeida. A rigor, não houve decisão nenhuma da parte dele. Ele não tinha escolha, pois o “texto recebido” era o único texto disponível naquele tempo. Durante os séculos 19 e 20, entretanto, foram descobertos manuscritos gregos mais antigos, muitos deles copiados no quarto século d.C. e até mesmo antes disso.
A partir desses manuscritos, que estão mais próximos do tempo dos evangelistas e apóstolos, passaram a ser publicadas edições do Novo Testamento chamadas de “edições críticas”. O termo “crítico” indica que essas edições permitem que se faça a crítica textual, ou seja, a comparação entre o texto que se considera original e as variantes ou alternativas textuais (inclusive as do textus receptus), que aparecem ao pé da página. Para a edição Revista e Atualizada, decidiu-se traduzir o melhor texto grego disponível naquele momento, que era a 16ª edição do Novo Testamento Grego editado por Erwin Nestle. Esse Novo Testamento Grego, é bom que se registre, foi sendo reimpresso sem alterações até o surgimento da 26ª edição, em 1979.
Uma das diferenças entre o texto crítico e o “texto recebido” diz respeito à extensão do texto. Com o passar do tempo, à medida que se faziam novas cópias do texto grego, anotações colocadas à margem dos manuscritos começaram a ser incorporadas no próprio texto, como se pode verificar a partir de uma comparação com manuscritos mais antigos, que não trazem esses acréscimos. O “texto recebido” reflete essas tendências expansionistas. O texto crítico, por sua vez, por seguir os manuscritos mais antigos, é um texto mais breve, em determinadas passagens. Visto que a edição Revista e Atualizada se baseia numa edição crítica, esses acréscimos, típicos do “texto recebido”, deveriam ter sido tirados na tradução. No entanto, em respeito a Almeida, o tradutor, e ao leitor familiarizado com esses textos, eles foram mantidos, só que entre colchetes, como se pode verificar em Mt 5.22, 6.13, etc. Os colchetes indicam que o texto que eles contêm consta da tradução de Almeida, feita no século XVII, mas não faz mais parte do texto grego do Novo Testamento que hoje é considerado original.
Outras diferenças entre a Revista e Atualizada e a Revista e Corrigida
Além desta diferença quanto à base textual, a edição Revista e Atualizada se caracteriza pelas seguintes modificações em relação ao Almeida antigo, ou, então, a edição Revista e Corrigida: 1. Foram eliminados cerca de dois mil tipos de cacófatos ou desagrados cacofônicos, como “tatu” (“volta tu também”, Rt 1.15), “alice” (“e todo o Israel ali se achou”, Ed 8.25), etc. Nessa mesma linha, para evitar um mal entendido (“avós”), passou-se a usar, em certos contextos, a locução “a vós outros”. 2. O nome de Deus (“Javé”), no Antigo Testamento, foi traduzido por SENHOR e impresso em versalete, isto é, com letras maiúsculas. 3. A primeira letra da palavra que inicia um parágrafo foi impressa em negrito. 4. Os textos poéticos, como, por exemplo, Salmos, passaram a ser impressos como poesia. De modo geral, Almeida Revista e Atualizada difere de edições anteriores em aproximadamente trinta por cento do texto.
Almeida e as Bíblias de Estudo
A tradução de Almeida é o texto base de várias Bíblias de Estudo, inclusive desta Bíblia de Estudo Almeida. As notas, é claro, não foram escritas por João Ferreira de Almeida. Entretanto, adicionar notas ao texto da tradução de Almeida condiz com o projeto original do século XVII. Na primeira edição no Novo Testamento, de 1681, aparecem esboços dos capítulos bem como notas marginais, que fornecem alternativas de tradução. Em Mateus 2, por exemplo, aparece o seguinte esboço, impresso em itálico (com grafia atualizada, na citação que segue):
1 Os Magos vêm do Oriente a Jerusalém. 2 Perguntam acerca do rei nascido dos judeus. 4 A quem, sendo bem informados acerca do lugar de seu nascimento em Belém, acharam e adoraram. 12 Tornam-se para sua terra. 13 José tomando o menino foge ao Egito. 16 Herodes manda matar os meninos. 19 Se torna José à Judéia. 22 Mas receando a Arquelau, foi-se para Galiléia, e habita em Nazaré.
Quanto às alternativas de tradução, em Mt 2.1, por exemplo, aparece à margem, em referência à palavra “magos”, a seguinte nota: Ou, sábios. Na segunda edição do Novo Testamento, de 1693, foram adicionadas referências cruzadas e não aparecem mais as variantes de tradução.
Entretanto, essa tradição de incluir esboços e notas foi interrompida posteriormente. Com certeza isso se deveu, em grande parte, à prática adotada pela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, fundada em 1804, de “encorajar a mais ampla distribuição das Escrituras Sagradas, sem notas e sem comentários”. Porém, em meados do século XX, essa tendência passou a ser revertida, e as Sociedades Bíblicas Unidas, entre elas a Sociedade Bíblica do Brasil, passaram a publicar Bíblias com notas, destacando-se entre elas as Bíblias de Estudo. Em Bíblias de Estudo cujas notas são de responsabilidade exclusiva da Sociedade Bíblica, mantém-se o propósito de não entrar na discussão de doutrinas específicas desta ou daquela denominação cristã. O melhor exemplo disso é a Bíblia de Estudo Almeida.
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