quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Cuidado: A sua alma está em perigo!

“Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gl 1:6-8). Essas palavras foram escritas pelo apóstolo Paulo em uma carta, dirigida aos cristãos da Galácia (atual Turquia), entre os anos 48 d.C e 49 d.C. O objetivo do apóstolo era contestar a fé inconstante dos gálatas que, seduzidos pelos falsos mestres judaizantes, estavam abandonando a fé em Jesus Cristo e submetendo-se novamente àquilo que Paulo intitulou de “obras mortas” e de “rudimentos fracos e pobres”. A verdade é que os gálatas estavam aos poucos se distanciando da graça de Deus em Jesus Cristo e se aproximando mais e mais do legalismo judaico propagado pelos falsos mestres. Eles disseminaram nas igrejas cristãs nos tempos de Paulo não apenas o judaísmo radical, mas também o ascetismo oriental. Esse último ensinamento estabelecia que a carne era uma essência má e que apenas o espírito era bom. Por isso, eles rejeitavam o casamento, além de não acreditarem na criação, na encarnação e na ressurreição de Jesus Cristo. O fato é que essas seitas foram responsáveis pela formação do gnosticismo, a principal heresia combatida pelos apóstolos no primeiro século. A postura de Paulo foi muito forte em relação aos princípios heréticos defendidos pelos mestres judaizantes. Ele desempenhou o papel de um verdadeiro exegeta bíblico.

Contudo, chamo a sua atenção para o versículo inicial do texto. Nele, podemos ler claramente que Paulo estava surpreso em perceber que os gálatas estavam regredindo e se apostando da fé em Cristo tão rapidamente. E, esse é o ponto importante que o apóstolo levanta: não há outro evangelho além do Evangelho que pregado, anuncie a salvação do homem mediante a fé em Cristo. Ele morreu para justificar o homem dos pecados. Somente por meio Dele o pecador poderá obter a salvação eterna. Não há mérito ou esforço humanos nisso. A glória é de Deus, tão somente! “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2:20).

Fico imaginando a diversidades de “evangelhos” que são pregados atualmente nas igrejas. Há o “evangelho” que estabelece a prosperidade humana como meio de buscar a Deus, onde a fé é barganhada por resultados materiais e não espirituais; há o “evangelho” das curas e dos milagres, onde a principal demanda é atender as necessidades físicas dos membros; há o “evangelho” tão em voga nas redes sociais, que é o da autoajuda. Esse tipo de “evangelho psicologizado” pretende solucionar os problemas da alma do homem fazendo-o a olhar para si mesmo e não para Cristo. Há outro “evangelho” que confunde liberdade em Jesus com promiscuidade e mundanismo, onde tudo é permitido. Enfim, poderia aqui ficar escrevendo uma infinidade de “evangelhos” que são pregados hoje em dia, em muitos lugares por aí.

Todavia, existe apenas um Evangelho verdadeiro: o Evangelho que, conforme Paulo disse aos gálatas, anuncia Jesus Cristo como o Salvador e o único digno de honra e de glória. À parte Dele, não há salvação e tampouco solução para nenhum tipo de problema que o homem possa enfrentar neste mundo. Somente Nele e por Ele o homem pode andar, falar e ser abençoado. Isso, portanto, deve nortear o coração do verdadeiro crente, que não busca a Deus por coisas vãs, materiais e passageiras, mas sim, estabelece a sua fé e esperança na promessa eterna de Deus em congregar para SI todos os remidos no Seu Reino Celestial.

Portanto, querido irmão, tome cuidado com o tipo de evangelho que você está ouvindo. Se Ele não apontar para o Cordeiro, algo está errado. Você pode estar sob o mesmo perigo que os gálatas estavam no passado. Tome muito cuidado, pois esses lobos não se importam com a sua alma, com a sua salvação eterna. Eles apascentam a sim mesmos e buscam satisfazer o seus próprios prazeres carnais.

Que o Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo fortaleça a nossa fé e nos dê animo para continuarmos a caminhada até aos céus.

Fiquem todos com a paz de Cristo!


Pr. Willian Martins


 

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

O QUE FAZER COM A IRA?


Quando vocês ficarem irados, não pequem. Apaziguem a sua ira antes que o sol se ponha e não deem lugar ao Diabo.” (Ef 4.26-27)


A ira às vezes é inevitável. Até Deus pode ficar irado. A Bíblia fala várias vezes sobre isso. Jesus ficou irado ao ver os comerciantes utilizando o templo de Jerusalém para fins profanos (João 2.13-16). Também existe a ira santa. Essa pode dominar crentes sinceros ao verem como o nome de Deus é zombado de tantas maneiras atualmente.

A ira deixa de ser santa quando o Diabo conquista terreno em nós. E quando isso acontece? Acontece quando a ira acaba tornando-se ódio. É quando ela destrói o próximo. A honra e a justiça de Deus não estão mais no cenário principal, mas o ardor humano na luta por causas próprias. Esse ódio provém do Diabo, que não permite a possibilidade de reconciliação, mas que procura arrasar o próximo até o chão, sem levar em conta se é o cônjuge, o colega de trabalho ou o oponente político.

Quando vocês ficarem irados, não pequem! Nunca permitam que a ira “esquente” para que não queime o próximo! Nem permitam que ela “esfrie” (isto é, que permaneça muito tempo no coração) para conseguir criar raízes de amargura. Não! Perdoem-se mutuamente o quanto antes! Se for possível, ainda no dia de hoje. Ainda antes do pôr do sol.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

AS ARMAS PARA COMBATER O ESPÍRITO DE REBELIÃO NA IGREJA

 

Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Ef 6,12


Somos reflexo daquilo que acontece no mundo espiritual. As congregações, erradamente chamada de Igreja, refletem o que ocorre em uma outra dimensão. Por exemplo, uma denominação, onde existe muitos casos de adultério, reflete a situação espiritual daquela congregação. Um outro exemplo: denominações extremamente mundana, voltada para as coisas da carne, como a existência de ministérios onde não há respaldo bíblico para sua existência, da mesma forma, exterioriza o espiritual. Uma denominação morta, trás para os seus pseudo cultos, práticas que visam apenas atrair para si, pessoas mortas, que não experimentaram o novo nascimento. E é exatamente aí que vemos a atuação dessa casta de demônios, que a Bíblia chama de "espírito de rebelião". Sua manifestação ocorre, em muitos casos, pelo abandono da essência do evangelho. Os homens esquecem o propósito da Igreja e, olham, apenas para o material, para a quantidade de pessoas que frequentam seus templos e, jamais, com a qualidade. E, assim, acaba atraindo homens malignos, que se tornam religiosos, porém, pela ausência da pregação do evangelho genuíno de Cristo, nunca experimentaram a conversão, o novo nascimento. Foram convencidos que pelas suas obras eram salvos, mas, nunca, nasceram de novo. E, é, exatamente nessas pessoas, que esse demônios agem. Uma das primeiras manifestações dessa casta de demônios se dá pela soberba. O indivíduo muitas das vezes, não se encontra endemoniada, mas, influenciada por este demônio. Então, ele almeja crescer dentro da instituição, ser conhecido, se incomoda com o crescimento espiritual de outros, acusa, promove discórdia e, se o pastor que conduz a congregação, não usar as armas espirituais, qual seja: a oração e os ensino da Palavra, certamente, essa casta de demônios aniquilará essa congregação. 

Como lidar com essa casta de demônios? 

primeiro, não se esquecer que a oração e o estudo da Palavra são essenciais para o fortalecimento da Igreja. Na nossa congregação, nesses tempo de pandemia, temos dois dias na semana dedicado a oração no templo. As pessoas vão para orar. Nos cultos aos domingos, nossa preocupação maior é com que as pessoas aprenda a Palavra, conheça as doutrinas bíblicas e conheçam mais a Deus. A pregação da Palavra e a oração produz no coração do homem o "temor" a Deus. Quem conhece a Deus, jamais vai se rebelar contra quem quer que seja e, jamais, será um fomentador de contendas e porfias. 

Segundo: jamais podemos esquecer que aqueles a serem levantados para o episcopado, devem ser homens de oração e que conheça as escrituras. Não basta ser uma pessoa dinâmica, tem que ser um homem que mantém a comunhão com Deus através da oração e que domine o conhecimento da Palavra. A Bíblia apresenta as qualificações necessárias para um homem ser levantado como obreiro na obra de Deus (1ª Timóteo, 3). Essas qualidades, entendo, que deve ser estendido para todos aqueles que estão trabalhando no templo. O grande problema é a conivência de muitos ao eleger homens malignos, cheio de pecado, pelos mais diversos motivos. Essas pessoas, sempre, serão um vaso fértil para Satanás usar. 

Terceiro: Um crente que experimentou o novo nascimento, tem uma missão dada por Jesus Cristo que é pregar o evangelho a toda criatura. Acontece que, como há muitos carnais, eles acham que a obra se faz dentro dos templos com todo o glamour possível. Os carnais gostam de estar em evidência e, se esquecem que aquilo que mais agrada a Deus, provém de um relacionamento muito íntimo com Ele. Se há muita gente dentro da Igreja e, negligenciando a verdadeira missão dada por Jesus Cristo, certamente, haverá problema. Agora, quando o crente compreende que milhares e milhares de pessoas estão indo para o inferno todos os dias e que ele necessita ir pregar o evangelho, e, sendo sabedor que um atalaia tem que ser conhecido de Deus pela oração e por isso sua vida é assim, ele não buscará aplausos de homens e suas experiências com Deus ficará reservada apenas pra si. Pessoas que estão no campo, evangelizando e pregando a Palavra, seja nos presídios, nas praças, aos vizinhos, enfim, aonde o Senhor mandar, essas pessoas não tem tempo para causar problemas e são bençãos para o reino. 

Mas, se a missão é essa, por que a existência de templos? os templos são um lugar para a igreja se reunir e prestar um culto a Deus. No culto a Deus, a única luz que brilha é o Senhor Jesus Cristo. E, quando os crentes se reúnem, deve se pregar as doutrinas bíblicas, por que, a única maneira de se conhecer a verdade, conhecer Jesus Cristo, é através do ensino da Palavra. Portanto, caro leitor, se você tem vivenciado tal situação, sugiro que volte a pregação das doutrinas bíblicas, dê mais ênfase na oração e, envie, aqueles que são verdadeiramente cristão, para o campo para anunciar as boas novas, e não para abrir novos templos.



sábado, 2 de janeiro de 2021

A CELEBRAÇÃO A MORTE DE INDEFESOS: O ABORTO NA ARGENTINA

 


Uma cena macabra chamou minha atenção essa semana, quando assisti a celebração a descriminalização da morte de crianças indefesas na Argentina, após aprovação pelo Senado daquele país, permitindo o aborto até a 14ª semana. Pergunto-me: como pode milhares de pessoas celebrarem a morte? A resposta é simples: trata-se de uma sociedade decadente, morta espiritualmente, e que, caminha firme rumo a secularização total do valores morais. Uma outra pergunta: cadê a Igreja daquele país? a igreja na Argentina sofre do mesmo problema que enfrentamos aqui. A igreja perdeu sua relevância quando deixou de pregar o evangelho e começou a pregar um outro "evangelho", aquele que o homem é o centro e Jesus Cristo, tornou-se um ser subserviente que vive para resolver os problemas humanos. Esse tipo de pregação, mundana, egocêntrica, carnal, arquitetada por Satanás e seus demônios, tem causado danos em todas as áreas humanas, mas, sobretudo, no campo moral, naquilo que afronta os valores judaico/cristão. Mas, nada que não esteja no controle total do Senhor.