

Irmã Laila, Pr. Hélder Teixeira e irmão João.


“Então, formou o Senhor Deus
ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem
passou a ser alma vivente. E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, na
direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. (...) Tomou, pois, o
Senhor ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o
Senhor lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da
árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque, no dia em que dela
comeres, certamente morrerás”. (Gênesis 2:7-8;15-16)
Deus, ao criar o homem, deu a
ele funções as quais deveriam desempenhar na família. Nesse texto, podemos
perceber nitidamente que esses papeis giravam em torno da proteção, da
provisão, do sacerdócio espiritual e da autoridade que deveria ser exercida pelo
homem com sabedoria e amor dentro do lar. Ao analisar a passagem bíblica com
mais cuidado, notaremos que foi ao homem que o Senhor incumbiu a tarefa de não
comer do fruto do conhecimento do bem e do mal, pois, caso desobedecesse a
ordem, o homem seria o responsável por causar um caos no mundo criado por Deus.
Infelizmente, como sabemos, o homem foi desobediente ao mandamento divino,
cedeu ao argumento da mulher para comer do fruto proibido, e, pior do que isso,
culpou-a mais tarde, quando inquirido por Deus, pelo erro que ele consentiu. Em
decorrência dessa desobediência, o pecado entrou no mundo, e trouxe
consequências terríveis a todo ser vivente, como a morte. Mas, graças a Deus,
Jesus morreu em nosso lugar, pagou a nossa dívida com o Pai, e nos justificou
mediante a graça e misericórdia, de modo que todo homem que em Cristo crer,
será salvo. Glória a Deus por isso!
Mas o fato é que o “empoderamento” da mulher, incentivado, conforme já
aprendemos nos textos passados, pelo movimento feminista, apequenou os papeis
ora reservados por Deus ao homem, tornando-o um ser diminuto, sem importância
social. Esse fato, somado à própria condição do homem em negligenciar as suas
funções sociais, políticas, econômicas e espirituais, agravaram ainda mais o combalido
quadro familiar de abandono, de orientação, de ordem e de afeto.
A situação é tão crítica que uma das queixas das esposas e mães
atualmente é ter realmente um homem (com H maiúsculo) dentro de casa; não um
homem que apenas se contenta em suprir as necessidades materiais da família,
mas um homem que se posiciona frente às várias demandas dentro de uma casa,
como ser a voz de autoridade que orienta toda a família para a direção certa,
aos olhos de Deus.
Nesse
sentido, a mulher tem assumido funções que deveriam ser exercidas pelo homem,
de forma preponderante. Tal quadro tem produzido desgastes e “filhos órfãos de
pais vivos”. A ausência de uma postura mais firme do homem dentro do lar e na
sociedade tem também uma explicação sociológica, impulsionada pelos novos
tempos: a feminização do homem. De antemão, quero destacar que não estou aqui
criticando a opção sexual de ninguém. Todos são livres para assumir sexualmente
aquilo que acharem melhor para si mesmos, desde que em tudo, haja respeito.
Assim posto, podemos afirmar que
a agenda defendida pela mídia e pela moda, na verdade, tem contribuído para
descontruir a essência da masculinidade e gerar uma confusão mental e social na
cabeça dessa nova geração. A feminização do homem ocidental está em curso e
defender aquilo que deveria ser normal, ou seja, o homem sendo homem, passa a
ser considerado um crime de ordem pública.
O empresário, ativista social e
presidente do Instituto Brasil 200, Gabriel Kanner, escreveu sobre o assunto no
jornal eletrônico Gazeta do Povo, em 27/12/2020, importantes considerações, as
quais compartilho com vocês. Ele disse:
“Homens
e mulheres sempre tiveram papéis complementares ao longo da história. Durante a
maior parte da existência humana a vida era extremamente desafiadora e sofrida.
Por causa de suas diferenças biológicas, homens e mulheres passaram a assumir
papéis distintos para conseguirem sobreviver. Era preciso conseguir alimento,
se proteger das ameaças externas, conseguir abrigo e garantir a sobrevivência
da prole. A divisão de tarefas era imprescindível. Homens e mulheres sempre
dependeram um do outro e, por mais diferente que o mundo possa ser hoje em dia,
essa complementariedade continua sendo um dos pilares da nossa sociedade.
Não há dúvida de que, com o progresso do mundo, a melhoria da qualidade
de vida e a entrada das mulheres no mercado de trabalho, os papéis de homens e
mulheres também mudaram. Mulheres estão ocupando cada vez mais posições de
destaque na política, nas empresas e em praticamente todos os setores da
sociedade. Com isso, os homens também tiverem de se adequar, ajudando cada vez
mais nas tarefas domésticas e na criação dos filhos.
Essa evolução é natural e benéfica para ambos os sexos. No entanto,
isso não é o suficiente para a esquerda pós-moderna, cada vez mais radicalizada
nos dias de hoje. Para eles, o homem precisa se desfazer de qualquer
característica natural masculina e, sempre que puder, usar roupas femininas e
se portar como uma mulher.
Essa agenda ideológica precisa ser rechaçada sempre que vier à tona. O
mundo irá continuar evoluindo, e parte dessa evolução será a participação cada
vez maior das mulheres em diversas áreas. No entanto, algumas coisas jamais
mudarão. Quando chegar em casa após um dia de trabalho exaustivo, o homem quer
enxergar em sua companheira uma verdadeira mulher, que lhe dá confiança e
respaldo no lar e na família para que ele possa encarar os desafios externos.
Assim como a mulher, ao chegar em casa da sua também exaustiva jornada, quer enxergar
em seu companheiro um homem masculino, viril, que lhe oferecerá cuidado,
carinho, atenção e a proteção necessária para que ela também enfrente os seus
desafios. A mulher definitivamente não quer um homem de vestido e trejeitos
femininos a esperando em casa.
Se essa agenda perversa prosperar, veremos cada vez mais casais
infelizes, e toda uma geração absolutamente confusa em relação à sua própria
identidade. Nunca houve na história uma sociedade forte e próspera sem homens
fortes. E homens fortes não saem na rua usando vestido... Que sejamos sensatos
e preservemos os homens masculinos, antes que entrem em extinção”.
Homens em extinção... essa é uma das piores constatações sociais de
nosso tempo.
Por isso, precisamos voltar os nossos olhos para Deus e viver sob a Sua dependência. Somente Nele poderemos superar os problemas e as dificuldades que enfrentamos em nossos dias, principalmente, nos assuntos pertinentes à família.
Texto escrito pelo Pr. Willian Martins, da Igreja Evangélica Templo de Oração em Guiratinga-MT
O
EMPODERAMENTO DA MULHER NOS DIAS DE HOJE
Que a graça e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo estejam com você,
querido (a) leitor (a)!
Neste domingo, daremos continuidade
à exposição sobre o tema Paternidade em Crise.
Hoje, discutiremos acerca do empoderamento da mulher e a negligência
do homem na sociedade.
Como já foi dito no último texto, o movimento feminista elegeu como
inimigo número um, o patriarcado, princípio que permeia a cultura
judaico-cristã. Vimos também que para contrapor esse pensamento, o movimento
feminista encampou a ideologia tão propagada em nossos dias do empoderamento
da mulher. Sentindo-se inferior ao homem, tanto na família, quanto na
sociedade, a mulher passou, no decorrer da história, a lutar pelos seus
direitos – direitos de serem não apenas reconhecidas, mas de estarem na
vanguarda dos homens em todo o processo social, político, econômico e até
religioso. Percebendo esses anseios, o movimento feminista erigiu bandeiras,
como “Girl Power”, para inculcar na mente e no coração das mulheres de todo o
mundo a ideia distorcida do papel e do propósito delas na sociedade e na
família. Como consequência disso, as mulheres se “machificaram”, tornando-se
amargas e de difícil relacionamento; sem contar o fato de que muitas perderam a
ternura maternal, a meiguice e a beleza interior, características inatas da
mulher. Como bem disse o pastor Renato Vargens, “o feminismo (...) incutiu
valores absolutamente antagônicos à Palavra de Deus e a [mulher] fez acreditar
que liberdade é libertinagem, causando caos na família”.
É interessante notar que a Bíblia nos fala de feminilidade, algo
totalmente diferente do feminismo. A feminilidade é um comportamento
projetado e criador por Deus para as mulheres. “A mulher feminina não apenas se
cuida, se veste ou se maquia como uma mulher. Feminilidade é bem mais que isso:
trata-se de um conjunto de atitudes e comportamentos, um estilo de vida pelo
qual a família e a sociedade experimentam doçura, amabilidade, afetividade e
outros atributos mais”.
Entretanto, a mulher atualmente não se preocupa em ser feminina, mas sim
feminista. Nesse sentido, se uma mulher tem pensamentos, atitudes e
comportamentos diversos dos defendidos pelo movimento feminista, ela é
execrada, “cancelada nas redes sociais” e rotulada como ultrapassada e
subserviente. Quer um exemplo disso? Se uma mulher ousar dizer, nos dias de
hoje, que a única coisa que ela deseja é cuidar dos filhos e do marido, sendo
uma boa dona de casa, ela será vista certamente como “louca”, alienada e
submissa. Ou seja, a sociedade como um
todo tem incentivado a mulher a abdicar de seu papel estabelecido por Deus, que
é o de ser “uma mulher virtuosa”, “idônea”, “coroa de seu marido” e “amada por
seus filhos”.
Isso quer dizer que o movimento feminista tem, infelizmente, logrado
êxito na missão de desconstruir princípios e valores criados por Deus para a
família, ao passo que empodera a mulher e diminui o papel do homem na
sociedade. Ou seja, a perspectiva é de um enfraquecimento da visão da figura do
pai-homem na família e de suas funções quanto a liderar, a proteger, a prover e
a interceder junto a Deus pelo seu lar. Essa distorção, vale ressaltar, criada
pelo empoderamento da mulher, tem produzido uma geração de homens frouxos,
acomodados e efeminados.
Na próxima coluna, abordarei o assunto da “feminização” do homem moderno
e da crise paternal vista nas famílias de nossos dias.
Antes de finalizar, quero agradecer a sua atenção e dizer que você é
muito importante para a manutenção dessa coluna no Jornal Folha de Guiratinga.
Peço que divulgue os textos reproduzidos aqui. Certamente, irão ajudar muita
gente que precisa ouvir a Palavra de Deus.
Permita-me, orar por você neste domingo:
Pai, em nome de Jesus Cristo, apresento a vida dessa pessoa que leu este
texto; oro pela saúde dela; oro pela família; oro pelo emprego; oro, sobretudo,
pela salvação eterna de sua alma. Derrama, Pai, bênçãos celestiais sobre ela e
ajude-a a enfrentar as dificuldades neste mundo. Abençoa também este veículo de
comunicação; instrumentalize-o para a propagação de teu Reino. Por fim,
apresento a cidade de Guiratinga. Prospera essa cidade, Pai; livre-a de todo
mal. Conceda sabedoria e graça a toda autoridade neste município. Abençoa
também todas as famílias, homens, mulheres, crianças e jovens! Abençoa
igualmente todos aqueles que estão nas fazendas, sítios e chácaras! Muito
obrigado, Senhor, pelo teu amor, pelo teu perdão e pela tua misericórdia! Que o
teu nome seja engrandecido entre todos nós! Em nome de Jesus, é o que eu oro!
AMÉM!
Texto escrito pelo Pr. Willian Martins, da Igreja Evangélica Templo de Oração em Guiratinga - MT