sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A REBELIÃO DA CORÁ

A REBELIÃO DE CORÁ "Ai deles! Porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Corá." (Judas, 11) No capítulo 16 de Números lemos a respeito da contradição, ou rebelião, promovida por um levita, Corá. Bisneto de Levi, ele sem dúvida tinha muita influência e autoridade, pois conseguiu reunir atrás de si duzentos e cinqüenta homens de renome, líderes do povo. Inflado pela sua posição, Corá promoveu uma demonstração de força diante de Moisés e Arão a fim de arrancar-lhes a autoridade, exclamando que Moisés e Arão se exaltavam indevidamente sobre o povo, onde todos deviam ser iguais. Com seus comparsas, Datã e Abirão, ele instigou o povo à revolta, alegando ainda que Moisés e Arão haviam feito Israel subir de “uma terra que mana leite e mel” (o Egito) para fazê-los morrer no deserto e ainda por cima queriam fazer-se príncipes entre eles! Tudo era mentira, sem qualquer fundamento.
Moisés não havia assumido a liderança por vontade própria, tendo relutado muito antes de aceitar a missão que o Senhor lhe confiara, e Arão foi também nomeado pelo Senhor porque Moisés queria alguém que o ajudasse. O povo já teria entrado na terra de Canaã não fosse a sua incredulidade. Se tivesse seguido ao mando de Moisés, já estaria desfrutando da verdadeira terra que “mana leite e mel”, que não era o Egito onde era escravizado. Moisés nada queria para si, ao contrário de Corá, que provocou esta rebelião por inveja. O Senhor havia definido a posição e o ministério de cada um, inclusive o de Corá, um coatita (Êxodo 6:16-18; Números 3:17-28-29-31; 4:36; 26:57-62). Moisés, em sua mansidão, não retrucou, nem procurou defender sua posição. Com toda humildade ele propôs deixar para que o Senhor indicasse quem era o santo da Sua escolha, ou seja, o homem que Deus havia separado para Si para esse fim. É Deus quem faz a escolha e dá competência aos Seus servos para o desempenho de serviços específicos. Moisés sabia o que os havia motivado - embora já tendo um cargo importante no Tabernáculo, eles queriam a liderança exercendo o sacerdócio. Moisés os repreendeu por isso e lembrou-os que estavam agindo contra o Senhor. Datã e Abirão não quiseram cooperar neste teste e fizeram acusações maliciosas contra Moisés e Arão. Moisés desta vez irou-se com tamanha injustiça e declarou diante de Deus a sua inocência. O juízo do Senhor veio, severo e rápido. Não fosse pela intercessão de Moisés e Arão, Ele teria consumido a congregação toda. Os rebeldes principais, Corá, Datã e Abirão foram castigados de maneira notável, seus propósitos eram de separar o povo, o Senhor os separou do povo e depois separou o solo debaixo deles para que fossem tragados, com as suas famílias e os seus bens. “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7). É abominável para um homem ou um grupo revoltar-se contra a ordem que Deus estabeleceu, e introduzir algo para dividir o Seu povo. O caminho para a rebeldia começa com a falta de contentamento e, do ceticismo gerado, passa para as reclamações contra as circunstâncias e contra aquilo que Deus tem estabelecido, depois adquire amargura e ressentimento, seguidos finalmente por rebelião e hostilidade. Vigiemos se estivermos descontentes, céticos, inclinados a reclamar ou a ficar ressentidos. Estas atitudes nos levarão à rebeldia contra Deus e as conseqüências serão sérias para nós, como foi para aquele povo. Quando irmãos na fé se reúnem em nome de Cristo numa localidade, regularmente, aceitando o senhorio do Senhor Jesus e reconhecendo o controle do Espírito Santo, submetendo-se incondicionalmente à autoridade única e exclusiva da Palavra de Deus contida na Bíblia, forma-se uma Igreja de Deus. Suas funções principais são adoração, louvor, ações de graça, Ceia do Senhor, orações, súplicas, intercessões, comunicação e ministério (Hebreus 13:15-16, 1 Timóteo 2:1-2; Atos 20:7). Não temos ensino ou exemplo na Bíblia que aprove alguma interferência ou jurisdição sobre a Igreja por parte de outra, muito menos ainda por parte de uma pessoa ou grupo de pessoas que a ela não pertença. Embora não muito distantes entre si, as sete igrejas do Apocalipse eram muito diferentes, no entanto o Senhor não instruiu que houvesse interferência entre elas, ou que alguma fosse “excomungada” pelas outras por causa do seu estado. Sempre que uma igreja se forma com esta base, Deus lhe concede dons espirituais suficientes para a edificação dos seus membros, que incluem aqueles necessários para a sua liderança e administração (1Coríntios 12). Os líderes responsáveis pela direção da igreja, conhecidos como apóstolos, pastores, evangelistas, anciãos, presbíteros ou bispos, são chamados a esse trabalho pelo Senhor, nunca são eleitos pelo rebanho (1 Coríntios 12:6-11). É o Espírito Santo que liga os seus membros, para que cada um faça a sua parte conforme lhe é concedido. O novo nascimento deve ser a experiência de todo o crente que é membro da igreja, mas a condição espiritual, sabedoria e habilidade de cada um varia muito. Os líderes da igreja aprovados por Deus serão reconhecidos pela sua maturidade espiritual, sua sabedoria no ensino e no pastoreio, e na sua dedicação ao trabalho. As qualidades básicas são encontradas nas cartas de Paulo a Timóteo e a Tito (1 Timóteo 3:1-8 e Tito 1:5-20). A integridade de caráter é essencial. Referindo-se ao sumo sacerdote, a Bíblia diz: “Ninguém toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão” (Hebreus 5:4). Assim também os servos de Deus são escolhidos por Ele, e nunca devemos procurar impor nossa vontade sem a Sua autoridade. O Novo Testamento nos ensina a reconhecer os dons de ministério (1 Coríntios 12:4-31; Efésios 4:8,11,12), os Apóstolos, Pastores, Profetas, Evangelistas, Doutores e Mestres (anciãos, presbíteros, bispos) e os servos (diáconos) (1 Timóteo 3:1-13; Tito 1:5-9). Ainda hoje, vemos igrejas sendo perturbadas pela inveja e ambição de alguns dos seus membros, que vaidosamente querem uma posição destacada, sem reconhecer que Deus não os quer lá, pois lhes faltam caráter e os dons ou talentos necessários. Isto resulta em rebelião contra sua liderança e mesmo na divisão da igreja, estilo Corá. Somos instruídos a nos revestir de humildade e mansidão (Colossenses 3:12), pois toda a autoridade na igreja vem de Deus. É da responsabilidade dos membros da igreja para com seus Pastores: orar por eles, reconhecer os seus trabalhos, obedecê-los, estimá-los, honrá-los, apoiá-los financeiramente e confiar neles. Pela sua atuação o Pastor prestará contas a Deus (Hebreus 13:17), não ao rebanho. Nenhuma acusação contra Pastor deverá ser aceita se não houver duas ou três testemunhas (1 Timóteo 5:19). Cuidemos para não perecermos na rebelião de Corá!

A ATUAÇÃO DO ESPIRITO DE REBELIÃO NA IGREJA


A Bíblia Sagrada relata um fato ocorrido no Livro de Números, Capítulo 16, aonde alguns homens tomado por um espirito de rebelião se levantaram contra as autoridades espirituais, Moisés e Arão, para afrontá-los. É uma história triste, por que as atitudes desses homens trouxeram problemas não somente para eles, mas, também, para suas famílias. A ação dos rebeldes foi destronada pelo próprio Deus, fazendo com que a terra os consumisse. O espirito de rebeldia tem agido dentro das igrejas, da mesma maneira que outrora. A diferença é que os rebeldes agem, simplesmente, por que, apesar de frequentar uma igreja, ser chamado de crente, ainda não foi liberto da ação de demônios. Eles não aceitam submeter a nenhuma autoridade, pois julgam superiores aos demais membros do corpo. O rebelde tem vida curta, pois, dentre as atitudes de homens cuja vida foi reprovada por Deus, o espirito de rebeldia, alcança lugar de destaque. Satanás caiu, dentre os vários motivos, não devemos esquecer de seu levante contra o Senhor.

Mirian e Arão, também, se levantaram contra a autoridade de Moisés. Como todo rebelde, sua argumentação sempre tem um pressuposto que justifica suas atitudes. O argumento precípuo de Arão e Mirian, foi o casamento de Moisés com uma mulher cuxita e, em seguida, os questionamento: Porventura o Senhor falou somente por Moisés?  Claro que não, mas Deus, também, não fala com rebelde. O levante de Mirian, causou ao seu corpo a lepra. Sempre que se vê um caso de rebelião na Bíblia, a ação de Deus contra o rebelde é vorax. Tenho visto muitos casos de rebelião dentro de Igrejas. Os rebeldes se acham no direito de agir conforme a sua vontade e pensam que Deus está com os olhos fechados para suas atitudes, não sabendo que cedo o juizo de Deus virá sobre eles. Parece que não sabem que suas atitudes o afastaram de Deus e, agora, nem mesmo suas orações, são ouvidas conforme descreve Habacuque 1,13: "Tu és tão puro de olhos, que não pode ver o mal e a vexação não podes contemplar". Lembre-se, Uzá tinha a boa vontade, impediu a Arca da Aliança de cair do carro puxado pelos bois, entretanto, mesmo assim perdeu a sua vida.  Eles acreditam que a boa vontade agradam a Deus, mas, são reprovados. Mirian necessitou que Moisés clamasse ao Senhor para que a cura se manifestasse em seu corpo. As atitudes dos rebeldes impedem que suas orações cheguem ao coração do Pai. O rebeldes atuam nas igrejas e da mesma maneira que satanás, geralmente obtém êxito no seu papel de convencer a membresia sobre as razões que o levaram a tomar essa atitude conseguindo, assim, arrebanhar um grande número de seguidores, desta maneira contrinuem para sua destruição de muitos ministérios. Tanto o líder rebelde como seus seguidores, necessitarão, primeiramente, de arrependimento e do perdão de Deus e da mesma maneira que Moisés teve que interceder junto ao Pai por Miriã, assim, aqueles que foram tomados pelo espírito de rebeldia, que destruiram congregações,  terão que clamar a Deus  para que a cura possa se manifestar em seu corpo, na sua alma e na  sua igreja,  quando o juizo de Deus se manifestar. Deus não mudará sua Palavra para se adequar a procedimentos de homens desobedientes. Não há justificativa para tal posicionamento. Pecado de rebelião é como o pecado  de feitiçaria. Rebelde é como feiticeiro e suas atitudes são abomináveis diante de Deus. Satanás rebelou contra Deus e todos aqueles que o seguiram, as escrituras os denominam de demônios.

A Bíblia nos diz: Apartai-vos a aparência do mal. Não se junte com homens rebeldes, não seja conivente com pessoas que falam mal de seus pastores, que propõe se rebelar. Certamente Deus não te terá por inocente.